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Dia: 27 de Agosto, 2014

27 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

O que o país deve a Paulo Portas

Há dez anos, Portas trocou as galochas de agricultor e o boné das feiras pelas estrelas de almirante e mobilizou a Marinha de Guerra contra o barco Born Diep, da organização Women on Waves, defensora da descriminalização da prática do aborto, que, fortemente municiado de pílulas, se preparava para invadir as águas nacionais.

O arrojo do ministro da Defesa e do Mar venceu a batalha moral sem disparar um tiro e evitou que uma pílula atingisse um só útero. Portugal tornou-se uma potência marítima respeitada antes de adquirir os submarinos topo de gama. Faz hoje 10 anos e esquecer a efeméride é desprezar uma página gloriosa da História e o seu herói de serviço.

Paulo Portas lamentou, na altura certa, que o Governo não se tivesse congratulado com a canonização de Nuno Álvares Pereira. A comunicação social referiu a queixa mas foi indiferente à patriótica proclamação do antigo ministro da Defesa e do Mar e insensível à omissão do Governo.

Que Governo esse, que não acompanhou o ex-ministro que, graças à Senhora de Fátima, conseguiu que a poluição do navio Prestige poupasse as costas do Minho e fustigasse as da Galiza? Que jornalismo podia esquecer o único ministro que se deslocou a Coimbra para assistir à missa pela Irmã Lúcia quando a vidente se finou?

Um país que não exulta com o milagre da cura do olho esquerdo da D. Guilhermina de Jesus, queimado com óleo de fritar peixe, não é digno de um santo com a dimensão de D. Nuno. Uma comunicação social que não exalta o heroico taumaturgo que, depois de exterminar castelhanos nas batalhas dos Atoleiros, Aljubarrota e Valverde, se recolheu a um convento e, após 577 anos de defunção, se estreou no ramo dos milagres, não vale o país que somos.

Paulo Portas, antigo Condestável de Durão Barroso e de Santana Lopes, não esqueceu o antecessor, no heroísmo e na piedade. E tê-lo-á recordado nas paradas militares quando, entre mancebos fardados, deslocava o fato às riscas com o ministro dentro.

Mas que ingratidão é esta que já esqueceu a coragem de Paulo Portas perante a invasão do barco do aborto quando, com risco de vida, fez deslocar para a Figueira da Foz um vaso de guerra para defender a Pátria da invasão iminente… de pílulas do dia seguinte?

Um país que esquece os pios lamentos de Paulo Portas não é digno da D. Guilhermina, não merece a intercessão celeste de D. Nuno nas sequelas do óleo fervente do peixe que fritava, nem a glória do taumaturgo que foi em vida carrasco de castelhanos e, depois de morto, colírio para queimadelas de óleo de fritar.

Vale à Pátria este modesto cronista atento às efemérides, embora, às vezes, se engane na data.

27 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

Efeméride

1789 – A Assembleia Constituinte francesa aprovou em 26 de agosto a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

Fizeram mais os deputados franceses num só dia do que todas as religiões desde que o deus de cada uma delas criou o Mundo.

27 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

Fascismo islâmico alastra

“Estado Islâmico” fortalece suas posições com tomada de aeroporto na Síria

Assad deixa de ser principal ameaça na Síria

Conquista da base militar é vitória estratégica e de grande valor simbólico sobre o regime de Assad, abrindo caminho para avanço sobre grandes cidades sírias. Armas e munições também caíram nas mãos dos radicais.

O Exército da Síria lutou com todas as forças sem ser bem-sucedido. Ao final, o grupo radical “Estado Islâmico” (EI) assumiu o comando do estratégico aeroporto militar de Tabqa, no leste da Síria, ampliando seu poder no país. Com a conquista, aquele que era o último bastião das tropas do presidente Bashar al-Assad na província de Raqqa caiu nas mãos dos terroristas.

27 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

Vaticano demitiu empregado por conduta indigna

CIDADE DO VATICANO (Reuters) – Um ex-arcebispo polaco e diplomata papal que foi destituído do sacerdócio após denúncias de pagar crianças para realizar atos sexuais perdeu a imunidade diplomática e poderá ser julgado na República Dominicana, informou o Vaticano.

Em um comunicado na noite de segunda-feira, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, também negou que o Vaticano, ao chamar Jozef Wesolowski de volta a Roma no ano passado, quando ele ainda era um diplomata em Santo Domingo, tentava encobrir o caso.