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Mês: Abril 2013

10 de Abril, 2013 David Ferreira

Natalidade

Reunidos em Fátima, os bispos portugueses apelaram a incentivos fiscais para a promoção da natalidade.

Não deixa de ser irónico que um grupo de eunucos mentais, homens que voluntariamente se abstêm de contribuir para a natalidade do seu próprio povo, obedecendo de uma forma obtusa a uma imposição verdadeiramente asinina da sua torpe hierarquia, venha a público manifestar a necessidade de implementação de medidas para a resolução de uma questão da qual há muito se lamentam todos os jovens casais cujas contingências económicas os impedem tantas vezes de se sustentar dignamente, quanto mais de aumentar a sua prole.

Sendo que não se preveem melhorias na situação económica nacional nos próximos e longos tempos, e tendo em conta as manobras de bastidores com que algumas organizações cristãs se têm imiscuído sorrateiramente nos assuntos de Estado, opinando a favor da sua visão social, obscurecida pela necessidade caprichosa de prestação de cuidados paliativos ao sofrimento alheio como forma de manutenção e de certificação da sua existência, só posso descortinar no horizonte mais um aumento de impostos para todo o tipo de contracetivos como única medida sustentável que possa contribuir para o aumento da taxa de natalidade.

10 de Abril, 2013 José Moreira

…públicas virtudes.

Ao que parece, ali para os lados do Vaticano o pecado, seja isso lá o que for, não se limita a entrar por portas e janelas; já se descobriu que a Internet é um  mundo, e há que explorá-lo com toda a força. Força e minúcia, ao que parece. Mas eu julgo compreender: aquilo deve fazer parte do treino para, depois, do alto dos púlpitos, poderem berrar, com conhecimento de causa, que “aquilo” é pecado. Nada há como conhecer o “mal”, para poder combatê-lo com mais eficácia.

10 de Abril, 2013 Carlos Esperança

A ICAR nunca colaborou com o nazismo

IGREJA CATÓLICA ALEMÃ INDENIZA 594 ESCRAVOS DO NAZISMO

Berlim, 31 ago (RV) – A Igreja Católica na Alemanha indenizou, com uma quantia simbólica de € 2.556,00 cada um, 594 trabalhadores forçados e estrangeiros que se viram obrigados a trabalhar nas 27 dioceses do país, durante o III Reich, sob a tirania de Adolf Hitler.

O Presidente da Conferência Episcopal Alemã, Cardeal Karl Lehmann, e o Presidente da Caritas-Alemanha, Dom Peter Neher, fizeram hoje, em Mainz, um balanço do fundo de indenizações para os trabalhadores forçados do Nazismo, criado pela Igreja Católica no país.

10 de Abril, 2013 Carlos Esperança

O embuste de Fátima está em alta

Cardeal-patriarca: Papa Francisco ‘oferece-se’ a Nossa Senhora de Fátima

O cardeal-patriarca informou, esta segunda-feira, que o Papa Francisco já lhe pediu duas vezes que “consagrasse o seu novo ministério a Nossa Senhora de Fátima”, cita o Diário de Notícias.

– Não se percebe a necessidade da reincidência no pedido. Ou o cardeal fez orelhas moucas ou o Papa se esqueceu do primeiro pedido;

– A burla de Fátima, criada para combater a República, primeiro, e o comunismo, depois, continua a ser uma fonte de superstição e embuste;

– O Papa, que parecia querer tornar respeitável a Igreja católica, recorre ao obscurantismo, à semelhança dos antecessores.

9 de Abril, 2013 David Ferreira

Como lavar o cérebro a criancinhas inocentes

CATECISMO DA ICAR

ICAR:

Pergunta: Quem criou o mundo?

Resposta: O Pai, o Filho e o Espírito Santo são o princípio único e indivisível do mundo, ainda que a obra da criação do mundo seja particularmente atribuída ao Pai.

 

Livre pensador: Se a trindade é indivisível, porque é que a criação do mundo é atribuída particularmente ao Pai?

 

ICAR:

Pergunta: Para que foi criado o mundo?

Resposta: O mundo foi criado para a glória de Deus, que quis manifestar e comunicar a sua bondade, verdade e beleza. O fim último da criação é que Deus, em Cristo, possa ser «tudo em todos» (1 Cor 15,28), para a sua glória e para a nossa felicidade.

«A Glória de Deus é o homem vivo e a vida do homem é a visão de Deus» (Santo Ireneu).

 

Livre pensador: Porque é que Deus precisava de glória ou sequer de se manifestar? E porque é que tinha necessidade de comunicar? Excesso de solidão? E porque é que criou um filho? Porque não uma filha? E quem é a progenitora, ou o progenitor? E qual a função e a missão do espírito? E porquê? E se Deus é um, porque é que é interpretado como trindade, sendo três em um simultaneamente?

“Só sobrevivemos se respirarmos. Respiramos para poder sobreviver” (Santo Inocêncio).

 

ICAR:

Pergunta: Como é que Deus criou o universo?

Resposta: Deus criou o universo livremente, com sabedoria e amor. O mundo não é o produto duma necessidade, dum destino cego ou do acaso. Deus criou «do nada» (ex nihilo: 2Mac 7,28) um mundo ordenado e bom, que Ele transcende infinitamente. Deus conserva no ser a sua criação e sustenta-a, dando-lhe a capacidade de agir, e conduzindo-a à sua realização, por meio do seu Filho e do Espírito Santo.

 

Livre pensador: Como poderia um Deus criador criar uma coisa de outro modo que não fosse livremente? E se Deus criou o mundo do “nada”, significa isso que Deus e o “nada” existiam ao mesmo tempo? E se do nada se pode criar, porque é que os teólogos boicotam cegamente a proposta científica de que o Universo poderia ter surgido do “nada”, por um acaso não causado, mas apenas consistente com leis físicas que ainda não conseguimos descortinar?

9 de Abril, 2013 Carlos Esperança

O Islão é um perigo para a liberdade

Militantes do grupo feminista Femen realizaram nesta quinta-feira um protesto contra o islamismo diante de mesquitas e representações diplomáticas da Tunísia em várias cidades europeias.

As manifestações defendiam a jovem tunisiana Amina Tyler, foi ameaçada de morte por apedrejamento após a divulgação, em março, de fotos em que exibia os seios pintados com a frase: “Meu corpo me pertence, não representa a honra de ninguém”.

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8 de Abril, 2013 Carlos Esperança

O catolicismo, o islamismo e a laicidade

Quem, como eu, escreve há 10 anos, quase todos os dias, sobre essa maldição que torna a vida das pessoas um inferno – as religiões –, corre o risco de repetir-se e de se tornar desinteressante, mesmo para os que temem os efeitos deletérios das crenças.

Só estive três meses sem escrever contra a superstição e os medos alimentados pela fé, por razões de saúde. Após uma banal intervenção cirúrgica à vesícula biliar, na primeira vez que estive doente, surgiu uma bactéria hospitalar que me pôs 52 dias em coma, com falência pulmonar, hepática e renal, a exigir transfusões e diálise, numa situação julgada irreversível.

Quando despertei, com menos 20 quilos e sem força para segurar uma caneta, era vulgar ouvir de amigos e familiares a expressão «graças a Deus», um misto de afeto e simpatia. Desde o primeiro dia, pude dizer a todos, incluindo uma velha prima que ofereceu uma bilha de azeite a um santo das suas relações, que se lhe atribuíam a cura também tinham de lhe recriminar a bactéria.

Levaram uns a mal o truísmo banal quando a vítima, se a houve, fui eu, e não se davam conta da ofensa à inteligência e à verdade com a atribuição da improvável cura a um ser impossível e contraditório.

Combater diariamente as crenças não é desrespeitar os crentes, é um exercício cívico de quem não abdica de um mundo em que a fé deixe de promover disparate e guerras.

O cristianismo, sob a fachada da humildade e da pobreza, e o islamismo, às escâncaras, travam um combate sem quartel e o último não desiste das bombas e do terrorismo. Há uma excessiva tolerância em relação a pregadores do ódio que nas mesquitas, madraças e sacristias vão atiçando o ressentimento recíproco. É tempo de lhes opor a laicidade.