17 de Outubro, 2008 Carlos Esperança
Falta moral ao moralista
ROMA (AFP) — Cientistas italianos responderam nesta sexta-feira ao Papa Bento XVI, que, em um discurso, criticou a “arrogância da pesquisa científica e a busca do dinheiro fácil”.
ROMA (AFP) — Cientistas italianos responderam nesta sexta-feira ao Papa Bento XVI, que, em um discurso, criticou a “arrogância da pesquisa científica e a busca do dinheiro fácil”.
Documentário sobre João Paulo II surpreende Igreja portuguesa
O ataque falhado do desvairado padre católico, Fernandez Khron, ao Papa polaco, foi o momento de alucinação mística de um sacerdote, embrutecido pela fé, que julgou JP2 um progressista capaz de dar rosto humano à Igreja católica.
Nem o Papa era liberal nem o padre equilibrado. O primeiro era um exibicionista da fé, crente em Deus e supersticioso; o segundo era um indivíduo perturbado pelas orações e leituras pias. Quando quis apunhalar o Papa, a menos que fosse apenas um gesto para promover a Cova da Iria na comunicação social, logo os guarda-costas o dominaram.
Podia ter servido o acto para justificar o 3.º segredo de Fátima mas, perante o fracasso, JP2 guardou-o para uma bala que a Virgem acompanhou à mão na viagem de circum-navegação à volta das suas vísceras, por baixo da batina que ofereceu ao santuário.
Em 12 de Maio de 1982 o padre Khron não conseguiu atingir o Papa, embora tivesse ficado ao alcance de uma bênção. A TV mostrou claramente os gestos e os figurantes.
O documentário cinematográfico «Testemunho», com base nas memórias publicadas no ano passado por Stalislaw Dziwisz, arcebispo de Cracóvia, é um piedoso embuste para enaltecer o mártir e comover os crentes. A mentira é um vício pio que deu colorido aos evangelhos, inventa milagres e cria santos. É, aliás, a mãe de todas as religiões.
A Igreja católica fez de JP2 uma estrela pop e quer fazer do supersticioso clérigo polaco um mártir para relançar a fé e comover a clientela. O cardeal que inventou, agora, os ferimentos não se dá conta de que teria cometido um crime ao ocultar a agressão, se tivesse existido, crime bem maior do que a piedosa mentira com que pretende promover o culto do Papa tremente a Deus.
Os negócios da fé são insondáveis.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.