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Dia: 26 de Janeiro, 2008

26 de Janeiro, 2008 Mariana de Oliveira

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É fácil e é de borla.

26 de Janeiro, 2008 Carlos Esperança

Paulo Teixeira Pinto, Opus Dei e Causa Monárquica

Paulo Teixeira Pinto, atormentado com o peso de dez milhões de euros de indemnização pela saída do BCP e com a vergonha de, aos 47 anos, ficar obrigado a receber até ao fim da vida 500 mil euros anuais, enquanto o Banco a que presidia ficou sob investigação policial, vai dirigir a Causa Real.

As dores do cilício com que se mortifica e os actos pios com que pretende contornar as dificuldades bíblicas de «um rico entrar no reino do Céu», não o impedem de presidir à Causa Monárquica, uma instituição que em tempos era simpática por contrariar as leis da física – a única causa que não produzia efeitos.

O pio presidente, além das missas que vai dinamizar pela família de Bragança, que bem precisa, para sufragar as almas de quem tanto pecou e tão mal fez ao País, vai iniciar as funções de presidente da Causa Real… encontrando-se com o presidente da Assembleia da República, para lhe entregar uma petição com quatro mil assinaturas (certamente em número superior ao dos monárquicos) para que o centenário do regicídio seja declarado luto nacional.

O país já esqueceu que, na sequência da tentativa revolucionária de 28-01-1908, o rei D. Carlos assinou em 31-01-1908, em Vila Viçosa, o decreto que legitimava a ditadura de João Franco, o encerramento dos jornais, o fecho do Parlamento, permitindo o desterro para Timor de grande parte da oposição republicana e até monárquica, mas a História é impiedosa a recordar o que deu origem ao regicídio e não esquece que os vilipendiados Manuel Buíça e Alfredo Costa foram os mártires que deram a vida para vingar a afronta desse decreto, por mais que se lastime – e eu lastimo – a morte do rei e a do príncipe herdeiro.

A haver um dia de luto nacional era na véspera, pela suspensão das liberdades e pela afronta criminosa do degredo a que foram condenados os adversários políticos.

Mas a liberdade é um mero detalhe para o Opus Dei, uma instituição que apoiou a mais cruel ditadura do século passado na península Ibérica, a de Francisco Franco, e muitas outras na América do Sul, enquanto o mentor, monsenhor Escrivá, fazia uma carreira de tanta santidade que lhe bastou morrer para ser elevado aos altares. 

26 de Janeiro, 2008 Ricardo Alves

«Do 28 de Janeiro ao 5 de Outubro»

Terça-feira 29 de Janeiro, às 18h30m na Biblioteca Museu República e Resistência, terá lugar a conferência «Do 28 de Janeiro ao 5 de Outubro», por Francisco Carromeu (organização da Associação República e Laicidade).

Refira-se que, há apenas 100 anos, existiam em Portugal organizações como a Associação do Registo Civil (mais tarde, Associação do Livre Pensamento), capazes de reunir 20 000 pessoas em manifestações anticlericais. É uma época difícil de imaginar hoje, e na qual se registaram enormes avanços para a causa da laicidade. A conferência ajudará certamente a desfazer alguns mitos que a propaganda monárquica e católica tem propagado.

26 de Janeiro, 2008 Ricardo Alves

Detido por blasfémia no Afeganistão

O jornalista afegão Parwiz Kambakhsh foi preso em Outubro de 2007, e condenado à morte pelo «Conselho dos Eruditos Religiosos» da província de Balkh, pelo «crime» de imprimir um artigo (da Internet) que apontava alguns versos do Corão particularmente nocivos para os direitos das mulheres.

Pode ler-se mais informação sobre este caso (e formas de protestar) no blogue da ateísta militante iraniana Maryam Namazie.

É gente desta que tem, verdadeiramente, coragem.