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Dia: 18 de Outubro, 2007

18 de Outubro, 2007 Ricardo Silvestre

Preocupação nas hostes

Este e-mail foi enviado por um grupo chamado «Coral Ridge Ministries» nos Estados Unidos, e onde se pode ler o seguinte:

«Há um novo tipo de ateísmo em cena. Estes são homens e mulheres talentosos e que estão a criar uma cruzada agressiva para «evangelizar» América.

Este verão, enquanto os nossos filhos e netos estavam em campos de verão bíblicos [tradução minha da expressão Bible camps] centenas de outras crianças estavam em campos pertencentes a uma nova rede nacional que tem como objectivo proporcionar um lugar de encontro para jovens ateístas. Estes campos têm como prelectores alguns famosos «pensadores livres» [estas aspas existem mesmo no texto] e jogos como «o exercício do unicórnio invisível» onde os jovens têm como tarefa tentar provar a existência destes unicórnios imaginários, que acaba por ser uma metáfora para a não existência de Deus.

Jesus disse, «aquele que causar um destes pequenos que acredita em mim tropeçar, é melhor para ele que uma roda de moinho seja colocada à volta do seu pescoço e ele seja lançado para o mar (Marcos, 9:42)»

Antes de mais, que bela maneira de o «salvador» passar os seus ensinamentos. Mas até deixando passar esse assunto que seria tão fácil satirizar, vamos ao que interessa.

Como novo ateísta, congratulo-me que nos USA, onde as dificuldades para libertar as pessoas do irracionalismo e superstição são enormes, o «outro lado» confirma que «centenas de crianças» estão a ser ensinadas a pensar por elas próprias, e a ter um espírito critico e inquiridor, ainda por cima, guiados por «homens e mulheres talentosos». Primeira vitória.

Segundo, que os Cristãos Americanos se sintam na necessidade de alertar os seus crentes que há quem possa libertar futuras gerações de dogmas e de personagens imaginárias de livros escritos por homens na idade do bronze é a segunda vitória. «Run for cover! Os ateístas são os monstros que comem criancinhas ao pequeno-almoço». Quanto mais conseguirmos colocar estes «pastores de rebanhos» no ridículo mais fácil será para as pessoas verem o seu fundamentalismo e falta de argumentos. E que o mesmo possa ser feito em Portugal. Basta ver algumas das respostas aos meus artigos para ver que certas pessoas não devem andar a passar «ensinamentos religiosos» às crianças Portuguesas.

Mas fico-me por aqui. Deixo aos leitores do D.A. nos seus comentários dizerem as suas opiniões sobre mais vitórias para o nosso lado


A maré muda devagar, mas muda.

Para ler mais sobre este assunto, visite o NOVA

18 de Outubro, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Anticlericalismo clerical

A inauguração da nave espacial de cerca de 80 milhões de Euros, contas feitas ao rabisco católico, com várias secções devidamente revestidas em folha de ouro, esteve impregnada em recordes absurdos de sotaina por metro quadrado, contando com a presença de ilustres convidados, como o Presidente da República, Cavaco Silva, e o Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, Zé-povinho aos magotes para ver os acontecimentos, caras tristes e pobres, dedicação das existências Humanas ao que lhes foi impingido cabeça adentro à força de marretada católica propagandística vulgarmente apelidada de catequese, ambientes de envolvência católica pelas suas vidas e nunca ninguém lhes deu nada para escolher, nunca ninguém lhes ensinou o que são ou o que defendem as diversas religiões, “tomai o conhecimento e a racionalidade, usufruam da inteligência e escolham!”, pena que percorre os sentimentos, tristes figuras usadas como marionetas difundidas pelas televisões e jornais, apalpando as saias da estátua de João Paulo II e chorando enquanto soluçam “Que fotografia bonita!”, que atroz submissão Humana à degradação de nem conseguir distinguir uma estátua de uma fotografia…

Os magotes de massas embrutecidas pela religião ajuntavam-se, olhares vácuos e melancólicos, pobres pela culpa de não poderem escolher um caminho, ou culpados pela sua pobreza de escolherem o errado, apoiam-se nos gradeamentos tal qual jardim zoológico se tratasse, vendo sotainas arrogantes e imperialistas a passar pelo corredor incrivelmente largo, pêndulo em ouro ao pescoço encurvando-as ligeiramente ao passar na passerelle. Rejúbilo irracional ao contemplar o ouro da estação espacial, tal qual Convento de Mafra, tal qual Versalhes, sem rei mas com encapuzados. A pobreza ajunta-se, económica e pessoal, gáudio das sotainas e vergonha portuguesa, os Nobel andaram pelas Suécias, literacia abrange 99.9% dos suecos, país mais literado do Mundo que detém o quinto lugar no Índice de Desenvolvimento Humano, país com maior percentagem de irreligiosos e terceiro na Lista de Países por Igualdade de Riqueza. A palavra Portugal não consta nos cinquenta primeiros. Não existe Igualdade, não existe Fraternidade, não existe Liberdade. Existem despotismos irracionais sobre massas desinformadas, qual a solução?

A solução da desigualdade entre pobres e ricos pode ser encontrada na Agência Ecclesia, pela voz (palavras) da sotaina Lino Maia:

A indiferença com que se olha o fosso entre pobres e ricos, também presente em Portugal, deve ser combatida.

Também publicado em LiVerdades

18 de Outubro, 2007 Carlos Esperança

Quem é Deus?

Se Deus existisse seria um ornitorrinco, animal tão bizarro que põe ovos, é mamífero e cujo leite escorre pelos pêlos.

O ónus da prova da infeliz invenção cabe em primeiro lugar aos que a promovem e, sobretudo, aos que vivem à sua custa, mas não há a mais leve suspeita de que exista, nem da sua parte o mínimo esforço para fazer prova de vida.

Como todas as religiões se reclamam do único Deus verdadeiro, detentoras do alvará da empresa de transportes para o Paraíso, teremos de concluir que as religiões são todas falsas, menos uma, na melhor das hipóteses e, provavelmente, são todas.

Deus é uma burla antiga e um negócio florescente. É natural que não faltem prosélitos para doutrinar crianças, ameaçar adultos e corromper governantes para venderem a utopia de um monstro que transforma a vida num pesadelo.

Há religiões que inventam milagres para o público, com truques de feira e golpes de ilusionismo. Têm ao seu serviço vigaristas, prestidigitadores e homens pios. No bazar da fé há crenças para todas as superstições, milagres para todas as bolsas e embustes para todos os simples.

O que não há é uma única religião que fomente a paz, espalhe a felicidade e promova a liberdade.

O Deus que anda para aí, como cão sem dono, é um troglodita homofóbico, racista, xenófobo, violento e misógino. Um Deus assim não é uma alimária que se respeite, é um asno a que é preciso prender a pata. É o Deus abraâmico que semeia o ódio, fomenta guerras e cria dementes capazes de matar e torturar. Precisa de um cabresto e de uma albarda.