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O Vaticano e os bispos polacos

O Vaticano, na sequência do escândalo da nomeação de um espião para arcebispo primaz da Polónia, Igreja que já deu à CIA vários espiões, e cerca de 10% ao KGB, resolveu investigar o passado dos empregados com direito a mitra e báculo.

Se a ICAR não se metesse na vida dos não católicos nada tínhamos a ver com o santo lixo. Assim, temos obrigação de desmascarar esta manobra de diversão de B16, o regedor do bairro mal frequentado, encravado no coração de Roma – o Vaticano.

Vamos por partes:

1 – Por que motivo os polacos e não os dos outros países?

2 – Os confessores dos bispos não denunciam ao Papa os pecados que interessam?

3 – Os bispos ocultam os pecados ou não se confessam?

4 – Os espiões soviéticos são piores do que os da CIA ou da PIDE, em Portugal?

5 – O Vaticano preocupou-se com a colaboração dos bispos com os regimes fascistas de Portugal e Espanha e com as ditaduras sul-americanas?

6 – Franco assassinou ou fez exilar cerca de 1 milhão de espanhóis, com o beneplácito da ICAR e do ora santo Escrivá, e alguma vez o Vaticano resmungou?

7 – O passado do actual Papa dá-lhe autoridade para pregar moral?

8 – Quem apurou o passado de JP2, também polaco, que via milagres em todo o lado?

9 – Um Estado que não deixou averiguar quem matou João Paulo I que pretende provar?

10 – Que, após a morte, era capaz de entregar o arcebispo Marcinkus à polícia italiana, foragido a quem JP2 nunca concedeu a extradição, numa cumplicidade suspeita?

Eis o motivo por que chamo ao antro do Vaticano um bairro mal frequentado.