19 de Julho, 2005 Carlos Esperança
Os talibãs de J. Cristo
À medida que o terror islâmico e a demência suicida dos fiéis de Maomé avançam, esperar-se-ia uma resposta laicista a conter as alucinações de trogloditas fanatizados por mullahs com versículos do Alcorão.
Cada vez que os talibãs se deleitam a decepar membros, lapidar mulheres e degolar infiéis, os países civilizados deviam remeter as manifestações religiosas para o espaço lúgubre dos templos e vigiar os ímpetos assassinos dos crentes exaltados e de quem os acirra.
Sempre que os dignitários instigam ao crime por motivos religiosos deviam cair sob a alçada do Tribunal Penal Internacional que os julgaria por crimes contra a humanidade.
Paradoxalmente, bandos de beatos de um deus concorrente (JC) vão assaltando os aparelhos de Estados dos países laicos, infiltrando a lepra religiosa, confiscando escolas e espalhando vírus pios por hospitais, lares e outros centros de assistência.
O cristianismo, quer na versão autoritária e agressiva – o catolicismo -, quer na histeria evangélica do presidente Bush e dos seus sequazes, amigos do peito e da eucaristia, infiltra as universidades transformando-as em sacristias do mais néscio proselitismo.
Nos EUA são cada vez mais as universidades onde jovens se organizam sob a orientação de clérigos para as transformarem em madraças para divulgação da filosofia e teologia cristãs mais conservadoras.
Católicos, evangélicos, baptistas, mormons e outros fanáticos cristãos, competem num ardor beato, a lembrar suicidas islâmicos, para corroerem o pluralismo, a laicidade e as amplas liberdades que os regimes democráticos asseguram.
Os evangélicos e os movimentos católicos são os mais desvairados neste proselitismo que se acentuou no dealbar do novo milénio.
A influência perniciosa do Papa JP2 e do seu avatar e sucessor B16 criou ou estimulou numerosos bandos católicos, agressivos e beatos, como Neocatecumenais, Comunhão e Libertação, Focolares, Carismáticos, Regnum Cristi e Opus Dei, todos ansiosos por converter as escolas em covis de uma educação «teocêntrica» e os alunos em soldados de Cristo, prontos para novas cruzadas e o regresso à intolerância medieval de que o jacobinismo, o espírito republicano e as aspirações laicistas haviam curado a Europa.
Ao fundamentalismo islâmico, visto com benevolência nas alfurjas do Vaticano e nos antros das Conferências Episcopais, respondem os coriféus do cristianismo com um fanatismo simétrico. Buscam o Paraíso combatendo a liberdade, o ateísmo, a laicidade e o agnosticismo.