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Dia: 26 de Agosto, 2004

26 de Agosto, 2004 Carlos Esperança

Igreja de São Tomé condena a política demográfica do governo

O ódio ao preservativo é uma obsessão paranóica da ICAR. Em São Tomé e Príncipe, paupérrimo país africano, onde a escassez de alimentos provoca fenómenos de fome generalizada, o capataz da ICAR no minúsculo arquipélago, D. Abílio Ribas, censura que se use o preservativo «como pretexto para evitar o nascimento de mais pessoas».

A crueldade da ICAR é idêntica ao dos traficantes de armamento. Não interessa que as armas matem, é preciso desenvolver o negócio.

No caso da demografia, a ICAR comporta-se como o dono um supermercado a abarrotar de almas que é preciso fazer escoar.

A ICAR promove o crescimento demográfico irracional para que haja miséria para alimentar a fé e almas para saciar a gula divina.

26 de Agosto, 2004 Mariana de Oliveira

JP2, os jovens e a adoração do verdadeiro Deus

JP2 enviou uma mensagem aos jovens de todo o mundo que se preparam para o XX Jornada Mundial da Juventude, a realizar em Colónia, em 2005. Nesse texto, o Papa exorta os jovens a serem «adoradores do único verdadeiro Deus», advertindo-os em relação a todas as formas de idolatria, incluindo «a sedução da riqueza, o consumismo e a violência subtil utilizada pelos Mass Media». Estão ressalvados desta advertência os bispos, cardeais e todas as altas patentes da Igreja Católica cujas obras pela propagação da fé ICARiana não se compadecem com a falta de dinheiro e manipulação dos meios de comunicação social.

«Lamentavelmente, há gente que procura a solução dos seus problemas em práticas religiosas incompatíveis com a fé cristã. É forte a tentação de acreditar nos falsos mitos do poder e do êxito, é perigoso abraçar conceitos evanescentes do sagrado, que apresentam Deus sob a forma de energia cósmica», diz o chefe da ICAR. Mais uma vez, vemos o Papa a brandir uma qualquer verdade universal contra crenças que sejam diferentes das que propugna. Eis a tolerância de que a Igreja tanto fala: creiam, desde que seja naquilo que é aprovado por nós.

26 de Agosto, 2004 Mariana de Oliveira

Religião: prioridade para os países pobres

Segundo os dados de um inquérito agora divulgados, as sociedades mais pobres têm tendência a conceder prioridade à religião, bem como as sociedades de tradição islâmica. Deste modo, países como a Indonésia, o Egipto ou a Argélia, nações maioritariamente islâmicas, enquadram-se nesta categoria.

Por seu turno, a importância concedida à religião nas sociedades industrializadas avançadas, como a França ou a Alemanha, diminuiu. Já nos países em vias de desenvolvimento, a tendência é contrária. Apesar da secularização, aparentemente, se ter sedimentado na maioria dos países ricos, o número de pessoas religiosas parece ter aumentado, no total, a nível mundial.

O estudo revela que, a nível dos sexos, as mulheres são mais afectas à crença do que os homens. As mulheres apresentam as mesmas probabilidades de atribuir à religião um lugar prioritário nas suas vidas, mas em nenhuma das 81 sociedades estudas os homens colocam a religião num lugar cimeiro nas suas vidas.

Neste inquérito observou-se que a probabilidade que a religião tem de desempenhar um papel importante na vida de uma pessoa, em determinados países, é quatro vezes maior em indivíduos com mais de 50 anos do que em indivíduos com menos de 30 anos.

Quanto ao nível cultural, os indivíduos mais instruídos dão menos importância à religião do que os indivíduos menos cultos e com menos educação.

Este estudo demonstra que a pobreza e a ignorância sempre foram terreno fértil para a propagação da crendice e, assim, para a exploração dos mais desfavorecidos. Por isso, para que as populações tenham oportunidade de escolherem de forma consciente os seus caminhos, é que devemos lutar por uma educação universal, livre e laica.