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Dia: 11 de Abril, 2004

11 de Abril, 2004 Mariana de Oliveira

Há 30 anos em Moçambique

Há 30 anos, nos últimos dias da ditadura, o Jornal de Notícias relatou:

Questão colonial agita relações Igreja-Estado

11/4/1974

Em consequência da política ultramarina, da guerra colonial e dos seus reflexos nas relações Igreja-Estado, registava-se grande agitação na Diocese de Nampula, Moçambique.

Segundo as notícias divulgadas pela ANI, cinco padres combonianos e um padre secular expulsos daquele território deixaram a referida cidade, com destino desconhecido, o mesmo acontecendo com o respectivo bispo, D. Manuel Vieira Pinto.

Na véspera registou-se um apedrejamento da missão de S. Pedro, para onde tinham sido conduzidos, há três semanas, os padres, escoltados pela Polícia para os isolar dos manifestantes que os ameaçavam. Grupos de indivíduos também se tinham colocado frente ao Paço Episcopal, motivo por que foi montado um dispositivo policial e militar para proteger o prelado de qualquer desacato.

De acordo com a ANI, a vaga de protestos contra os missionários combonianos fora desencadeada em Fevereiro ao ser conhecido um documento, por eles assinado, bem como pelo próprio bispo, no qual se formulavam várias acusações ao comportamento da Igreja em Moçambique – nomeadamente a de estar enfeudada ao poder civil e de não cumprir a sua missão profética. Alegava-se, do mesmo modo, que a mesma exposição era uma tomada de posição nitidamente hostil à soberania de Portugal em Moçambique.

11 de Abril, 2004 Carlos Esperança

Deus não suporta procissões

«A chuva encharcou a Semana Santa sevilhana. O verdadeiro dilúvio que se abateu sobre a cidade na quinta e sexta-feira ensopou crentes e turistas, provocou inundações e reteve dentro de portas as imagens sagradas e milhares de penitentes que deviam ter desfilado em procissão. A decepção foi abismal.» – lê-se no Diário de Notícias, de hoje.

«Os mais resistentes, mesmo encharcados, aguardaram algumas horas até saberem se o cortejo ia prosseguir caminho ou voltar para casa. Nem uma nem outra alternativa se concretizou pois a delicadeza das imagens não permitiu arriscar mais uma chuvada. A difícil decisão foi tomada pelo conselho superior de irmãos da confraria e provocou ondas de desolação na multidão. Um pouco por toda a cidade e por Espanha, o cenário repetiu-se: umas procissões não saíram da igreja, as que o fizeram foram obrigadas a pedir resguardo».

Comentário: Às vezes o céu diz aos crentes para terem juízo.