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Dia: 27 de Novembro, 2007

27 de Novembro, 2007 Ricardo Silvestre

Diferenças

Pais não crentes nos Estados Unidos procuram proporcionar aos seus filhos um espaço para interacção social com outras crianças, e para uma aprendizagem sobre temas de vida. Ver aqui.

«Cerca de 14% dos Americanos afirmam não ter religião, e entre as idades de 18 e 25 anos, essa proporção sobe para 20% (dados do Institute for Humanist Studies). A vida desses jovens poderá ser facilitada se souberem, desde cedo, lidar com a maioria que são os tementes a Deus.

«É importante para as crianças não agirem de uma forma estranha» diz-nos Peter Bishop, que ensina em Palo Alto. Neste centro, Peter e outros colegas desenvolvem actividades para crianças de pais ateístas. Nstes encontros semanais é ensinado às crianças que não acreditar em deus é O.K., e são proporcionadas maneiras de desenvolver os seus valores morais.

Pais ateístas preocupam-se com as influências que outros grupos têm sobre os seus filhos. Kneisley, uma aluna na Universidade de Missouri, constatou que o seu filho, Damien, precisava que lhe ensinassem sobre secularismo. Esta decisão foi tomada aquando de uma situação onde Damien foi apresentado à Bíblia por colegas da escola que «professavam verdades incríveis», as quais Kneisley nunca partilhou.

Damien participa regularmente em campos para crianças de pais ateístas, onde aprende pensamento crítico, religiões do mundo, e trabalhos de «pensadores livres». Para além destas actividades, Damien é também exposto a actividades como desporto, musica, arte, debates, curiosidade intelectual e trabalho em grupo».

Agora, tracem as diferenças:

Isto é os que os Campos de Jesus ensinam: Intolerância, belicismo, fanatismo, dogma, estupidificação.

A escolha pode significar um mundo à beira de um final apocalíptico, ou um mundo onde se tenta fazer a concórdia através do racionalismo

27 de Novembro, 2007 Helder Sanches

Reflectir o meu ateísmo – Parte 4

A desnecessidade de crer

Um dos argumentos mais utilizados pelos crentes é a felicidade que encontram ao descobrirem deus; tal descoberta enche-os de alegria, completa-os, enfim, adquirem um propósito para a vida. Não consigo deixar de sentir alguma angústia sempre que tento alcançar o significado de tais afirmações. Não consigo deixar de sentir alguma revolta quando insinuam que sem a tal descoberta de deus a vida de qualquer um é desprovida de propósito.

Encontrar um propósito para a vida numa fantasia milenar, isso sim, é doentio e, não fossem os convencionalismos culturais, digno de merecer um exame psiquiátrico urgente.

“Crer” e “ter fé” não passam de formalismos culturais para a aceitação do desconhecido e do medo da morte; não passam de máscaras obsoletas com um selo de garantia para a vida eterna, esse desejo simultaneamente tão humano e despropositado.

A mim, o que me enche de alegria, completa e dá propósito para a vida são circunstancias muito mais terrenas e realistas. Não preciso de vidas eternas nem de recompensas post-mortem. Estou muito mais perto de um macaco, de um cão ou de um lacrau do que de deus e essa constatação deixa-me seguro quanto à minha sanidade mental.

No entanto, a pergunta prevalece: mas, qual é o mal em “Crer”? Nenhum, se quem crê tiver noção de que se trata de uma fantasia e guardar essa paranóia para si próprio. Mas, tem todo o mal quando essa crença força que eu tenha que viver pelos padrões morais de quem crê ou quando a fé move montanhas de destruição no formato de guerras ditas santas.

(Publicação simultânea: Diário Ateísta / Penso, logo, sou ateu)

27 de Novembro, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Trindades e unicórnios

Existe um mistério enorme dentro das ideologias cristãs, algumas mentes mais elevadas defendem que é extremamente difícil de entender e compreender, algo que transcende a transcendência, uma metafísica da ultra-física quântica emaranhada com doses elevadas de conceitos abstractos e mais uns pós de fé a abafar a Razão que senão a paranoia passa lesta como uma lebre a fugir de uma pantera.

Santíssima Trindade é o nome do mistério fenomenal do cristianismo, um grande filho do pai que é a mesma coisa que o pai, pai que é o filho, pomba que é filho e pai, um que são três e três que são um, monoteísmo politeísta ou politeísmo monoteísta. Três coisas distintas que afinal são uma, uma que se divide em três, uma trindade estranha que chumba no teste da matemática, até no teste da Bíblia chumba, não existem trindades por lá.

Mas a compreensão e entendimento não será mais complexa que a compreensão e entendimento do fenómeno unicornino. Segundo esta doutrina existe um unicórnio com três cornos mas que não é um tricórnio. Conseguindo-se perceber esta doutrina tudo o resto parece excessivamente simples e fútil.

Também publicado em LiVerdades

27 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

Apelo ao créus impertinentes

Andam por aqui uns crentes a ruminar ódio e espalhar lixo pelas caixas de comentários. Pela desenvoltura com que se exprimem não são solípedes que relincham ou asnos que zurram, são apenas lacaios do divino à cata de indulgências com a mesma sofreguidão com que os cavalos aguardam a ração de aveia.

Não se pode esperar muito de quem acredita em milagres e não se envergonha do Papa que beatifica carrascos, quiçá por engano, depois de o Espírito Santo se ter expatriado do Vaticano, farto de sotainas e escândalos.

Uma das mais interessantes decisões do ditador de serviço foi a extinção do Limbo, um destino das almas criado por um antecessor igualmente infalível e mais crente.

Já alguém pensou nos problemas logísticos de transferir as almas anteriores à criação da seita e as dos não baptizados nos últimos dois mil anos? E no trabalho da comissão liquidatária a quem cabe acertar as contas da água, da luz e do gás, depois de pagar à agência de transportes, por tantas almas, algumas em péssimo estado de conservação?

O Vaticano é um antro de surpresas com jagunços espalhados pelo mundo. Alguns vêm aqui ao Diário Ateísta, cuspir padres-nossos e babarem restos de hóstias que vazam pela comissura dos beiços como velhas azémolas que perdem os restos da ração.

Vão rezar novenas e, como são crentes, peçam ao vosso Deus pela sensatez do Papa. E não debitem lixo num local onde os ateus gostam de se encontrar.