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Mês: Julho 2008

29 de Julho, 2008 Carlos Esperança

As religiões e a morte

Há nas religiões a atracção mórbida pela morte, quer se concretize a despachar infiéis em santíssimas guerras, para maior glória divina, quer se destine a chantagear os vivos com a vida, depois da morte, numa outra galáxia cuja existência aguarda provas.

Nos lares, nos hospitais e nas casas onde agonizam enfermos, irrompem as sotainas a brandir a cruz e a besuntar os orifícios superiores (os que menos pecados cometeram) com um óleo que só a fé distingue do vulgar lubrificante que corrige o chiar dos trincos das portas ou dos velhos gonzos.

Os padres não se contentam com o Paraíso em que eventualmente alguns acreditam, aliciam os tímidos, chantageiam os fracos e aterrorizam os timoratos com fogueiras crepitantes onde o azeite fervente esturrica as almas (seja lá isso o que for) em perpétuo sofrimento.

Os argumentos de venda do Paraíso não referem benefícios, apenas descrevem o ranger de dentes, o braseiro e o garfo de três dentes que, empunhado pelo diabo, mergulha as almas na frigideira, à semelhança do que fazem as cozinheiras às filhós por alturas do solstício de Inverno.

Estes argumentos cruéis ainda são eficazes para obrigar as criancinhas a comer a sopa, mas já se tornaram obsoletos para conduzir ao redil da fé as pessoas que pensam e os cidadãos que gostam de viver de pé.

28 de Julho, 2008 Carlos Esperança

A guerra preventiva à descrença

Ultrapassada que está a fase histórica de exterminar infiéis, o baptismo é a primeira batalha do clero na guerra preventiva contra a descrença. Um lactente que berra com a água fria e a pedrinha de sal, peado pelos padrinhos, indiferente aos rituais cabalísticos do oficiante, leva a primeira dose da vacina contra o ateísmo.

Depois vêm a comunhão e a penitência, a primeira para se convencer de que a farinha se transforma em sangue e carne e a segunda para saber o que custa aturar um deus de que os padres precisam para viver.

A confirmação é uma cerimónia óptima para a fé, ainda que suspeita no que diz respeito à higiene. Quando a adolescência é passada entre constrangimentos místicos e tropelias clericais torna-se difícil ultrapassar a transição e atingir a fase adulta da cidadania.

Na religião, a guerra preventiva contra a heresia começa cedo e se, apesar dos cuidados pios, os crentes revelam sinais de cepticismo ou propensão herética, as religiões apelam aos castigos terrenos, que podem chegar à morte, ou ameaçam com os castigos divinos, uma crueldade em diferido, a ser executada depois da morte.

É esta rudimentar forma de proselitismo que perpetua a fé e os rituais pueris que abatem quem os pratica e põem em perigo quem os denuncia ou ridiculariza.    

28 de Julho, 2008 Carlos Esperança

Algumas reflexões sobre o divórcio

Faltando-me experiência para dar testemunho sobre o divórcio, corro o risco de parecer um padre a falar do matrimónio. Herdei o espírito monogâmico e o hábito de manter os laços conjugais mas sei da vida o suficiente para ter a convicção de que não é o divórcio que interrompe o casamento, é o fim deste que dá origem ao divórcio.

Há almas pias que vêem na consequência a causa e na tentativa de evitar males maiores uma conspiração contra a instituição que os tempos se encarregaram de tornar precária.

Claro que hoje já não é hábito assediar uma divorciada, apontá-la à execração pública e atribuir-lhe a culpa que é apanágio da mulher, uma espécie de complemento do pecado original. Mudaram-se os tempos e as leis, e o divórcio deixou de ser o ferrete vexatório que perseguia a mulher, enquanto o homem, como sempre, gozava de compreensão.

Lembro-me das primeiras divorciadas que conheci e da forma como eram recriminadas pela inépcia na sedução dos maridos, resquícios de tribalismo machista que a sociedade rural e beata se encarregava de perpetuar.

Quando, a seguir ao 5 de Outubro de 1910, a República instituiu o matrimónio, eram vulgares as manifestações de rua com catequistas, celibatárias e padres a condenarem a lei que resolveu situações intoleráveis.

Quando, depois do 25 de Abril, sendo ministro da Justiça Salgado Zenha, se permitiu o divórcio a quem tinha um casamento católico, que a Concordata tinha definido como perpétuo, houve apenas manifestações de júbilo e a faculdade de resolver casos de mancebia, incluindo o do Dr. Sá Carneiro, governante que não via necessidade de uma Concordata.

Agora, 34 anos depois do 25 de Abril, as alterações legislativas para facilitar o divórcio, a fim de o tornar menos traumático, uniram contra si as associações pró-família, vários sectores conservadores, meios religiosos, alguns magistrados e o próprio PR que a idade vai tornando cada vez mais devoto.

Grupos de pressão donde nunca partiu um aviso sobre violência doméstica, pessoas pias que jamais denunciaram maus-tratos conjugais e associações que nunca emitiram uma opinião sobre mulheres assassinadas pelos maridos (são elas as vítimas mais frequentes) vêm agora, tal como aconteceu em Espanha, fazer um enorme ruído sobre uma lei que, na minha opinião, traduz um avanço civilizacional.

É preciso lembrar que o divórcio é a consequência de um casamento falhado e jamais a causa do seu termo. Arrastar pelos tribunais a devassa da vida íntima e a crispação de uma ruptura é acrescentar um sofrimento suplementar para o casal e para os filhos, se os houver. Um tormento inútil por causa de um preconceito.

27 de Julho, 2008 Carlos Esperança

O SABER DE QUEM NÃO SABE

Por

ONOFRE VARELA

Estou a estrear-me neste espaço, cumprindo a ameaça que venho a arquitectar, há imenso tempo, mas nunca concretizada. Realizo agora tal pensamento arremessando-vos esta minha análise crítica à leitura que fiz de uma notícia de jornal. Embora o acontecimento não seja recente ele acaba por ser actual porque, como é sabido, uma das características da coisa religiosa é ter interesse arqueológico…

O texto que segue faz parte do projecto de um livro que tenho pronto para publicação e que complementa “O Peter Pan Não Existe – Reflexões de um ateu” editado pela Caminho em Janeiro de 2007. Um mês depois do seu lançamento, houve um ciclo de conferências em Lisboa subordinado ao tema “As Religiões dos Filhos de Abraão”, e o pavilhão da Culturgest apinhou-se de gente interessada em ouvir cinco pessoas crentes falarem da sua fé. O que os promotores do evento pediram aos palestrantes, foi que dissessem, por palavras que todos entendessem, se acreditam em Deus, por que acreditam e como acreditam, na tentativa de poderem ser melhor entendidos por aqueles que não têm a mesma fé.

Eu tive conhecimento do evento através do jornal Público (11/3/2007), depois de tais conferências terem ocorrido, obviamente.

Os intervenientes foram: Samuel Levy, judeu, 78 anos. Silas Oliveira, protestante, 62 anos. Abdool Karim Vakil, muçulmano. Ivan Moody, ortodoxo, 43 anos, e José Tolentino Mendonça, católico. No resumo dos seus depoimentos, feitos pelos próprios, é possível retirar, “ipsis verbis”, as seguintes frases sobre a fé e a crença que depositam em Deus:

— A fé é uma convicção que, por definição, não carece de explicação racional.

— A criação da vida é tão complexa que não pode ter acontecido por mero acaso. É mais fácil acreditar que a vida tenha sido obra de uma vontade superior.

— Acredito que tudo tenha sido criado por um Deus (seja lá o que for que isso signifique), Ser Primordial, infinito, incorpóreo, sem composição, eterno e único. Esta definição é clara e parece-me perfeitamente evidente.

— A fonte da minha fé é a Bíblia, pelo testemunho dos povos que a escreveram.

— O que nos define não é acreditar em Deus, mas testemunhar Deus.

— A relação com Deus vive-se na relação com os outros em sociedade; na obrigação, no serviço e na solidariedade.

— Nunca duvidei da existência e da bondade de Deus.

— Não sei de nenhuma descoberta científica que ponha em causa a minha fé.

— Se me perguntar: pode provar a virgindade de Maria? é óbvio que não.

Mas o que está errado é a pergunta, porque parte da necessidade de uma prova científica segundo o modelo da ciência actual.

— Importante não é ajudar a demonstrar, mas a ver.

— A fé inscreve o olhar humano no ponto de vista de Deus.

Nestes depoimentos de quem necessita de ter fé num deus para viver harmoniosamente, encontro na primeira premissa: “a fé é uma convicção que, por definição, não carece de explicação racional”, de Samuel Levy, o factor primordial para se ser crente, e deles faço a seguinte leitura:

— Para crer, o raciocínio não é necessário.

— A complexidade dos seres vivos não pode ter sido iniciada através de uma cadeia de acasos físicos e químicos. Um Deus é explicação suficiente que dispensa disciplinas científicas, e o raciocínio não é necessário, pelo que não tem interesse perguntar se Deus (como primeira causa) se criou a si próprio.

— Os textos bíblicos, narrando acontecimentos históricos, registando leis sociais, costumes locais e fabulando sobre o conceito da divindade, são considerados testemunhos de Deus, rejeitando qualquer outra interpretação baseada em estudos e experiências posteriores e negando outros raciocínios sobre o tema. Comprova-se, assim, a primeira premissa: em religião o raciocínio não é necessário.

— Mais do que acreditar, o que define o crente é testemunhar.

Testemunhar as obras de Deus, como a criação dos seres vivos, por exemplo. Sendo que este “testemunhar” não é dar testemunho presencial de uma ocorrência que se observou, mas afirmar, pela fé, que se dispensam fenómenos químicos e físicos, ocorridos sem uma racionalidade na origem, rejeitando liminarmente — sem raciocínio nem análise — a possibilidade da ocorrência de factos desencadeantes de uma série de acasos que culminassem no surgimento de vida. Os cientistas que queimam as pestanas estudando o princípio da vida, que abandonem o projecto, pois… o raciocínio não é necessário.

— A relação fraterna e solidária que os homens praticam em sociedade, só pode acontecer por um desígnio divino. Nunca devemos pensar que tal relação possa resultar de um apuro ético da vivência em comunidade como seres gregários que somos. Pensar para além do conceito do desígnio divino é um raciocínio desnecessário.

— Deus existe e é um ser bondoso. A bondade é a encarnação de Deus.

Onde não houver bondade e concórdia Deus será ausente. Sabendo-se que há conflitos religiosos, então devemos supor que Deus não estará presente neles, embora seja por ele que os conflitos eclodem. Mas… raciocinar sobre isto é pura perda de tempo, porque em fé o raciocínio dispensa-se.

— Não há descobertas científicas que ponham em causa a fé dos crentes.

Mesmo que tais descobertas existam (o exemplo universal mais simples é o de Galileu), o homem religioso continua a crer que a Terra não se move, que é o centro do Universo, e que o movimento pertence ao Sol.

(Pois não testemunhamos nós o arco que o seu percurso desenha no céu?!). A fé nunca será abalada pela ciência porque os cientistas raciocinam e, na fé, o raciocínio dispensa-se.

— As perguntas incómodas para a Religião e a Fé não têm razão de ser, pois a fé não carece de curiosidade pelo objecto de adoração. Ele está ali para ser adorado, e adora-se. Ponto final. Nunca se deve perguntar: de que é feito? De onde veio? Para que serve e a quem serve?, porque são perguntas que a fé não coloca. A fé basta-se a si própria. Se, pela fé, a caneta que eu tenho na mão, não é uma caneta mas uma flauta, pois bem… eu escrevo com uma flauta! O raciocínio não é necessário.

— Pela fé o meu olhar não existe. A fé cega-me. Só vejo pelo ponto de vista de Deus porque o meu raciocínio não é necessário. Sendo Deus um conceito usado pelos homens para o bem e para o mal, a minha fé cega fará de mim uma pessoa boa ou má, segundo o interesse daqueles que me formataram a mente para atender a fé cega… porque eu dispenso o meu raciocínio.

 

Estas são conclusões que pude retirar dos discursos de cinco religiosos de credos diversos. A dispensa do raciocínio é o modelo para se ser deisticamente religioso. Não ser curioso, não desconfiar da crença, não investigar, não pretender ir além da fé naquilo em que se crê piamente, como Abraão cria na divindade ao ponto de se dispor a

sacrificar o seu próprio filho como prova de fé cega.

Mas esta estória de Abraão, tal como a da sentença de Salomão e a do argueiro no olho inserida nos ensinamentos de Jesus Cristo, e muitas outras, bíblicas ou não, dispensam a prova histórica das suas ocorrências reais porque fazem parte da sabedoria popular e assumem uma forma metafórica, tal como os adágios, rifões ou provérbios. Têm essa importância e é esse o seu espaço. Reflectem os juízos das vivências de qualquer sociedade e, éticamente, são universais e intemporais. Daí o seu valor actual em qualquer sociedade humana.

A grande verdade que está no centro de todas as coisas —  nós só vemos a períferia do todo e sobrelevamos os nossos interesses particulares e egoístas —, é o facto de todos nós, ateus, agnósticos ou profundamente crentes, sermos, principalmente, ignorantes, vaidosos e interesseiros.

Ignorantes porque não sabemos o que há para saber além do que sabemos ou julgamos saber; vaidosos porque garantimos saber o que dizemos, quando dizemos o que imaginamos saber; e interesseiros porque procuramos gritar a nossa razão mais alto do que a razão dos outros.

Todos somos ignorantes, e entre tanta ignorância escolho dois lotes: o lote dos ignorantes presumidos da existência de Deus, e o lote dos ignorantes presumidos da inexistência de Deus. Pertenço ao segundo lote, e continuo a presumir que a ignorância dos do primeiro lote é bastante superior à minha, porque eles acreditam no sobrenatural… e a teoria do conhecimento exclui o sobrenatural. E eles, na sua extrema ignorância, não só o aceitam como o rotulam de autêntico conhecimento e saber!

 

Por outro lado, quando se aborda o tema “saber”, impõe-se perguntar: O que é saber?

Há saber?… Ou há, apenas, o desejo de saber?

O humorista brasileiro Luís Fernando Veríssimo — filho do escritor Erico Veríssimo — diz, na sua novela “O Clube dos Anjos”, que “a fome é o único desejo reincidente; pois a audição, a visão, o sexo e o poder acabam, enquanto que a fome continua…”. O “querer saber” é como a fome: um desejo reincidente que continua para além de todos os nossos desejos. Aquilo que se nos coloca como dúvida impele-nos a conhecer a coisa que questionamos, e o saber define a situação do conhecimento adquirido perante a coisa que deixou de ser questionada.

Neste sentido, o saber é utópico, já que os homens se questionam constantemente, o que é sintoma de não se possuir o conhecimento completo que nos daria a sabedoria total sobre todas as coisas. Tal nunca sucederá, já que um qualquer saber provoca o aparecimento de questões que conduzem a outros saberes, e estes a outras questões num

encadeamento provavelmente sem fim.

Excepção para os furibundos das religiões que na sua imensa ignorância renitente acreditam não haver nada mais para saber, para além do que garantem saber: que há um deus que tudo sabe!…

 Onofre Varela

26 de Julho, 2008 Carlos Esperança

Novo colaborador do Diário Ateísta

Amanhã será publicado um extenso e lúcido texto do honrado cidadão e respeitado intelectual Onofre Varela. O Diário Ateísta, que aqui deixa alguns dados biográficos, passará a contar com a sua colaboração regular.

26 de Julho, 2008 Carlos Esperança

Religiões & tretas

Foto de LEP

Foto de LEP

A religião é um negócio de tecnologia rudimentar, lucro garantido e retorno rápido do investimento, apesar das perseguições policiais aos novos apóstolos e de os tribunais se regerem, quanto à concorrência, mais pelo código penal do que pelo direito canónico.

O bispo Edir Macedo é um dos profetas milionários a quem a Justiça não larga. Já as religiões antigas, com nome feito, estão ao abrigo de investigações e os seus agentes gozam de protecção especial. Ninguém se atreve a julgar como burla a cura do olho esquerdo de D. Guilhermina de Jesus, queimado com óleo de fritar peixe e salvo por um colírio chamado Nuno Álvares Pereira.

D. Nuno não pode ser demandado pela Ordem dos Médicos, por exercício ilegal da medicina, porque aos mortos tudo é permitido e à ICAR não há quem entregue uma contrafé a obrigá-la a provar que foi o herói de Aljubarrota que curou o olho da devota.

As religiões abraâmicas, propagandistas do velho mito do Monte Sinai, ainda hoje divulgam, para além da crueldade divina, a fantasia de um deus que falava sem boca, entregava tábuas sem e produzia normas de conduta sendo ignorante. É um deus saído dos vapores etílicos de Moisés e dos delírios do clero a que deu origem.

A gravidade moral consiste na perpetuação de valores pouco recomendáveis e perigosos que escorrem das páginas dos livros pios. Para além da maldade dos preceitos que as religiões perpetuam, há a objecção intelectual de quem se recusa a aceitar a verdade de qualquer religião pelo elementar motivo de que nenhuma provou ser verdadeira. A única verdade evidente de cada uma é a de que todas as outras são falsas.

Bastam estas razões para contestar afirmações de quem relata factos sem a preocupação de apresentar provas. Ninguém pergunta a B16 em que se baseou para atribuir a Nuno Álvares Pereira a cura da queimadura do olho esquerdo da D. Guilhermina.

26 de Julho, 2008 Carlos Esperança

Pílula continua excomungada

Quarenta anos depois da publicação da encíclica do Papa Paulo XI, “Humanae Vitae” proibindo o uso da pílula anticoncepcional, cerca de 60 organizações católicas dissidentes pediram ao Papa Bento XVI que autorize a contracepção em uma carta publicada nesta sexta-feira e imediatamente considerada sem fundamento pelo Vaticano. ( A F P )

25 de Julho, 2008 Carlos Esperança

Timor – um país frágil

Quando um país, na infância da independência, dá os primeiros passos em liberdade merece que a economia ajude os cidadãos que escolheram com sangue o seu destino colectivo.

Timor tem condições para ser viável mas não pode desintegrar-se sob a pressão da bomba demográfica que o torna cada dia mais pobre. Não há produto interno bruto que acompanhe uma fertilidade descontrolada, uma paz que resista à fome e ao desemprego, Governo que assegure, nestas condições, um futuro condigno para os seus cidadãos.

Se há um país onde é urgente o planeamento familiar, a protecção da maternidade consciente e uma pedagogia demográfica, é Timor.

A Igreja católica, por preconceitos atávicos e insensibilidade do actual Papa, não pensa assim. A miséria é, aliás, um factor que, aliado ao analfabetismo, aumenta o poder do clero, seja qual for a religião.

Em Timor, em vez de médicos e professores, em vez de pílula e dos preservativos, em vez do desenvolvimento económico e social, é a fé que se mantém em alta.

Crescem as vocações sacerdotais, aumenta o número de catequistas e paira a ameaça de uma Concordata e não tarda que haja mais um bispo. Uma diocese faz menos falta do que um hospital ou uma universidade mas o Vaticano tem especial cuidado com as almas. É o seu negócio.