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Mês: Março 2015

22 de Março, 2015 Carlos Esperança

A FRASE E A DOUTRINA

«A pena de morte representa um fracasso, porque obriga a matar em nome da justiça e porque nunca haverá justiça com a morte de um ser humano».

(Papa Francisco, em carta entregue ao presidente da Comissão Internacional Contra a Pena de Morte)

Doutrina da Igreja católica – Cânone n.º 2267 do Catecismo romano:

2267. A doutrina tradicional da Igreja, desde que não haja a mínima dúvida acerca da identidade e da responsabilidade do culpado, não exclui o recurso à pena de morte, se for esta a única solução possível para defender eficazmente vidas humanas de um injusto agressor.

O rompimento do Papa com a doutrina tradicional da Igreja de que é o sumo pontífice, não prova a existência de Deus mas é um avanço civilizacional do catolicismo romano cujo passado foi tantas vezes causa de sofrimento inútil e crueldades impensáveis.

Nenhuma religião pode reivindicar a verdade dos mitos que a criaram mas é inegável o efeito benéfico que os líderes religiosos podem exercer. Seria um avanço enorme para a paz e a democracia se todos os dignitários religiosos partilhassem esta posição inédita da Igreja católica.

Obs.: A última edição do catecismo da Igreja católica é de João Paulo II e à sua autoria não foi decerto alheio o cardeal Ratzinger, então prefeito para a Sagrada Congregação da Fé (ex-Santo Ofício).

21 de Março, 2015 Carlos Esperança

Massacre no Bardo

A Europa deve ajudar a Tunísia a defender sua incipiente democracia do terror jihadista
Estado Islâmico assume autoria de atentado em museu na Tunísia

O ataque terrorista no museu tunisiano do Bardo colocou em destaque, tragicamente, a fragilidade do país do norte da África, o único onde a primavera árabe, depois de uma ditadura interminável, conseguiu estabelecer um processo democrático, apesar de incipiente. O assassinato de cerca de vinte turistas, dois espanhóis entre eles, demonstra também as limitações da Tunísia, na porta da Europa, para se isolar da violência e do caos político na região.

Não se conhece ainda a afiliação precisa dos autores do massacre (cujo relato é confuso e contraditório), que foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI) e recebeu elogios entusiasmados em páginas jihadistas afins. O primeiro-ministro, Habib Essid, assegurava na quinta-feira que os pistoleiros mortos não tinham vínculo formal com grupos terroristas. Não há dúvidas, no entanto, de que o mais grave atentado desde a revolução de 2011 foi calculado com o duplo objetivo de dinamitar a incipiente democracia tunisiana e dar, ao mesmo tempo, um golpe decisivo em uma economia dependente em grande medida do turismo, europeu especialmente. Não é casual a escolha de turistas como alvo nem o momento escolhido pelos assassinos para golpear o Governo laico que chegou ao poder depois de derrotar, no ano passado, os islâmicos moderados do Ennahda.

Atacar a democratização da Tunísia é o objetivo declarado dos fundamentalistas, da Al Qaeda aos grupos locais como o proscrito Ansar al Sharia ou os salafistas que se declaram obedientes ao EI. Depois da derrubada do ditador Ben Ali, o país do norte da África viu aumentar de forma incontrolada o extremismo, chegando a se transformar em viveiro de jihadistas que combatem na Síria ou no Iraque. Em suas fronteiras, um Exército pequeno e pouco preparado lida com uma crescente agitação islâmica. A Líbia em especial, inundada de armas e à beira da desintegração, nova plataforma do EI, constitui uma vizinha tão porosa quanto explosiva.

A Tunísia, às portas da Europa, precisa nesta hora do apoio decidido da UE para combater o terrorismo e manter um Estado democrático, uma avis rara na região. O que aconteceu no Bardo volta a demonstrar, depois de episódios similares no coração da Europa, que a luta contra a variante mais sinistra do fanatismo islâmico é um combate de todos. Como tal, e pela sua importância, não deve conhecer fronteiras.

20 de Março, 2015 Administrador

Alteração no sistema de comentários

Devido aos abusos que têm vindo a ser prática corrente de certos comentadores, a Direcção da AAP decidiu que, a partir de hoje, apenas poderão participar nos comentários leitores registados com um endereço de email válido.

Agradecemos a compreensão dos nossos leitores e esperemos que os futuros debates do Diário de uns Ateus se mantenham dentro dos limites do razoável.

20 de Março, 2015 Carlos Esperança

Um sítio mal frequentado

Pavor no VATICANO…a ser verdade…o Papa Francisco vai estar em grandes dificuldades, ou então terá que ceder à Máfia económica que domina o Mundo.
Vamos divulgar esta noticia, para que possamos ser úteis à verdade e ao Papa Francisco
Você sabia que 65 por cento dos fundos do Vaticano pertence à família Rothchild.

Quando se fala na Máfia só possuem o Banco Ambrosiano onde se safam sem pagar impostos.
Quando Humberto Calvi quis revelar tudo ao Sunday Times na noite anterior foi encontrado enforcado na famosa London Bridge em Londres.

Soube-se que houve envolvimento da Rothchilds, Bildeburg Group e a Goldman Sachs.
Tudo controlado…Nada mais a dizer…
E este Papa não vai durar muito porque acusam-no de tudo e mais algo mas as organizações Judias acima mencionadas nunca são discutidas ou mencionadas…
Sabe porque razão produtos Portugueses, Gregos, Espanhóis ou Italianos quase que não existem neste pais?
6.5 biliões são exportados de Israel e esses produtos não podem ser exportados por mais ninguém!
A única diferença é que Israel não faz parte da EU ou Europa e dado a isso não poderia exportar para a Europa.

PAVOR NO VATICANO
Agora vem à luz que “talvez” foi de facto o assassinato de João Paulo I, já que iam fazer o mesmo com Bento XVI, que por isso renunciou, e confidenciou ao Papa Francisco que não seria a PRIMEIRA VEZ.

Diário de uns Ateus – Como se vê a notícia vem de fontes que acreditam na existência de Deus mas que sabem que é maior o poder dos homens.

20 de Março, 2015 Carlos Esperança

Vaticano – Uma teocracia chantageada

Georg Gänswein disse sentir-se responsável por vazamentos de documentos confidenciais

O secretário pessoal do papa emérito Bento XVI, arcebispo Georg Gänswein, disse que, “de certa maneira”, se sente responsável pelo escândalo do Vatileaks, quando documentos secretos do Vaticano vazaram para a imprensa.

20 de Março, 2015 Carlos Esperança

Retirado alvará católico a bispo

Bispo excomungado e readmitido volta a desafiar o Vaticano

Excomungado da Igreja Católica em 1988 pelo papa João Paulo II e readmitido em 24 de janeiro de 2009 pelo papa Bento XVI, o bispo tradicionalista inglês d. Richard Nelson Williamson, de 75 anos, ordenará bispo, à revelia do Vaticano, o religioso André Zelaya de León. A solenidade acontecerá às 9h de sábado no Mosteiro da Santa Cruz, em Nova Friburgo, cidade na Região Serrana do Rio.

19 de Março, 2015 Carlos Esperança

ATEÍSMO E COMUNISMO

Por

João Pedro Moura

De vez em quando, aparecem uns religionários a intentarem ligar o ideário ateísta à doutrina comunista, a modos de matança de 2 inimigos…com uma só cajadada…

Mas não conseguem…

O comunismo não é um ramo do ateísmo, nem este daquele.

Um comunista até pode ser crente num deus, desde que o seu “comunismo” se manifeste, eminentemente, pela componente social e económica e não pela vertente ideológica do marxismo…

Os cristãos romanos, no tempo da clandestinidade, eram muito solidários, praticando uma forma primitiva de comunismo, assente no ágape e demais partilhas.

Os monges também praticam um tipo de comunismo… e são uma congregação muito antiga…

Os Kibutzim israelitas são ou eram, frequentemente, uma forma extrema de comunismo…

Mas não é possível ser marxista e crente religioso.

A doutrina marxista, mormente na sua evolução leninista, não só defende a inexistência de deus, como nomeia o clero como uma categoria social privilegiada, a par da burguesia e demais possidentes, portanto, um pilar dos regimes inimigos dos comunistas, marxistas-leninistas, e que estes acometiam, “in illo tempore”…

Com a vocação totalitária dos partidos e regimes comunistas, o resultado foi a perseguição e quase aniquilamento da religião, na URSS estalinista, na China maoista, no Camboja kmer vermelho, na Coreia do Norte, da dinastia Kim, e na Albânia, de Enver Hoxha, regime este onde a religião estava constitucionalmente interdita e se usavam as antigas igrejas como estábulos e outras serventias…

Portanto, o marxismo-leninismo é ateísta e enveredou por políticas ateístas, mais ou menos repressivas.

Todavia, o ateísmo não é marxista-leninista… nem comunista…

Aliás, o ateísmo nem é ideário político. É apenas um ideário que denega as religiões.

Pelo que, em nada concerne ao comunismo nem a quaisquer políticas…

Tentar atingir o ateísmo, porque houve comunistas e seus regimes que aplicaram políticas ateístas, é manobra insidiosa e capciosa, mas que não atinge os ateus, a não ser aqueles que se sentem cúmplices das políticas ateístas…

Os ateus tanto podem ser, politicamente, comunistas como nazis, anarquistas como liberais, e tudo isso depende das conceções individuais…

O mesmo não se poderá dizer da doutrina das religiões monoteístas, intrinsecamente totalitárias, que não admitem o outro, o diferente, dividindo dualmente a humanidade entre os crédulos da religião e igreja certas e os outros, isto é, os incréus, os indiferentes, os agnósticos, os crédulos das religiões erradas, todos eles comináveis com pena infernal… no Dia do Juízo Final…

…Num totalitarismo, repressivo e mortífero, sem paralelo na História…

…Como, por exemplo, o cristianismo…

http://www.diariodeunsateus.net/2013/09/06/jesus-cristo-o-exterminador-implacavel/

18 de Março, 2015 Carlos Esperança

Religião e política e a política da religião

As manifestações contra o Governo brasileiro têm causas genuínas e objetivos obscuros, estes a exigirem uma cuidadosa atenção.

Deixemos de parte a corrupção, apesar da importância basilar, que cresceu com o rápido desenvolvimento económico e cuja perceção pública aumenta em regimes democráticos, para analisar outras vertentes, igualmente relevantes.

O Brasil tem hoje uma riqueza, jamais obtida no passado, e um desenvolvimento que o tornou uma potência económica mundial. A fome, a pobreza e o analfabetismo foram fortemente combatidos e com assinalável êxito.

O que leva, então, às gigantescas manifestações de protesto? Por um lado, a estagnação económica que a descida dos preços do petróleo tornou inevitável, por outro o domínio dos órgãos de comunicação social ao serviço de interesses que, no passado, sustentaram ditaduras e se alimentaram delas. Singular é a rebelião da classe média contra quem lhe deu acesso.

As religiões deviam evitar comprometer-se politicamente sob pena de verem, um dia, o seu clero a ser reprimido em nome da democracia e da laicidade que este regime exige.

No Brasil, salvo raras exceções, e estas também politicamente expostas, várias correntes cristãs têm assaltado o aparelho de Estado através de partidos políticos e do domínio de órgãos de comunicação que convocam e apoiam, em direto, as manifestações politicas. A Rede Globo é a central de intoxicação ao serviço de interesses financeiros e dominada por cliques religiosas. Tem poder para derrubar um governo eleito mas as sequelas serão fatais para o seu futuro e interesses.

Quando uma manifestação organizada, não são bandos caóticos, deixa que os cartazes a anunciem como “Marcha dos Cristãos” e tenha como lema o combate ao comunismo e o apelo à ‘intervenção militar’, sem que a hierarquia religiosa denuncie o carácter golpista e o condene, é natural ver no combate à religião a defesa da democracia.

Será dramático para os crentes, mas, entre a democracia e a religião, os cidadãos têm de fazer a sua opção. No Brasil, tal como no passado, a religião apoia de novo um regime totalitário de natureza militar, arriscando a neutralidade e a própria liberdade.

Quem não defende a liberdade dos adversários não é digno da sua.