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  • 29 de Agosto, 2008
  • Por Carlos Esperança
  • Religiões

Diário Ateísta

Os colaboradores e os leitores habituais do Diário Ateísta sabem que os textos aqui publicados comprometem exclusivamente os autores que, por isso, se identificam ou são do conhecimento do colaborador que edita os textos e por eles se responsabiliza.

Não há censura no Diário Ateísta, nem para os autores nem para os comentadores. Não se espera naturalmente que os dignitários das religiões que afligem o mundo gozem aqui de particular consideração mas nunca se apelou, nem apelará, ao ódio, à xenofobia ou ao racismo.

Claro que denunciamos, e denunciaremos, as ridículas curas obradas por intercessão de cadáveres com séculos de apodrecimento e o aproveitamento comercial dessas burlas pias. Igualmente combatemos os pregadores do ódio que nas mesquitas, sinagogas ou igrejas se esforçam por vender o único deus verdadeiro – o deles –, mas não deixaremos de defender o direito dos crentes ao logro, aos jejuns e aos ralis de joelhos.

 Independentemente de funções que eventualmente qualquer colaborador tenha na única Associação Ateísta Portuguesa, as opiniões aqui emitidas apenas comprometem quem as emite, sem que os órgãos legítimos da referida Associação tenham que concordar ou não.

Cada um é ateu à sua maneira e ninguém tem de lhe dizer como o deve ser. As religiões são todas falsas e os parasitas que vivem à sua custa nem sempre se dão conta de que são agentes da mentira e propagandistas de mitos. É por isso que combatemos crenças e respeitamos os crentes.

No entanto, quem visita o Diário Ateísta sabe que não vem encontrar quem defenda que o vinho é o corpo de Cristo, depois de passar pelo processo alquímico das benzeduras; que a água benta é diferente da outra; que um demente que morre pela sua fé, matando outros, fica com o crédito de setenta virgens e uma assoalhada no Paraíso; que um judeu de trancinhas às cabeçadas no Muro das Lamentações nos merece mais consideração do que a pena que nos causam os estragos no muro.

O anticlericalismo e a blasfémia são direitos que custaram muito sangue a conquistar. A liberdade é um direito democrático conquistado pelos livres-pensadores, pelos herdeiros do Iluminismo, pelos democratas cujas raízes remontam à Revolução Francesa.

Não é o espírito totalitário das religiões nem o dos cúmplices que se fingem ateus que impedirão a liberdade de expressão no Diário Ateísta.

O Diário Ateísta é um lugar onde portugueses e brasileiros convivem e se riem de Deus e dos seus empregados, dos anjos e das virgens, dos clérigos e dos seus paramentos, dos milagres e dos seus embusteiros, do Papa, dos bispos e dos clérigos de todas as crenças. Nem que para isso tenhamos de suportar as citações execráveis da Bíblia, do Corão ou da Tora, feitas pelos beatos de turno nas caixas de comentários.