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Dia: 6 de Maio, 2007

6 de Maio, 2007 Carlos Esperança

A Igreja católica cheira as desgraças

O desaparecimento da inglesinha
Três dias depois do desaparecimento da menina inglesa, Madeleine, de um apartamento na praia da Luz, em Lagos, a polícia portuguesa prossegue as buscas.

O desaparecimento de Madeleine, de três anos, possivelmente raptada, é motivo de alarme e merece a preocupação e solidariedade de todos.

Fazer da tragédia da criança e da desolação dos pais um circo místico com a montagem de um número pio, com a inclusão do terço, é um acto vil de utilização da fragilidade humana.

As religiões são assim. A cada patifaria da sorte, em vez de execrarem a incúria divina, pedem ao mito a ajuda que não tem, o milagre que não pode.

Nem a criança desapareceu por vontade de Deus nem aparecerá por remorso dele. São vãs as orações e, quanto à ansiedade dos pais, faz mais um calmante do que uma novena e para a descoberta do eventual criminoso é mais útil um cão bem treinado do que a Senhora de Fátima.

As orações são inutilidades que os crentes debitam e os padres aproveitam para proselitismo. Nenhum clérigo com alta de um hospício acredita que Deus se meta na investigação policial ou estimule o faro dos cães que procuram a criança desaparecida.

Vale mais o nariz de um cão treinado do que o Deus gasto por séculos de mentiras e insucessos.

O mundo gira sem interferência de Deus. É cruel confiscar a dor dos pais para promover a fé e usar o desespero para uma operação de marketing religioso. Fazê-lo é uma atitude rasteira de quem substitui a razão pela fé e a solidariedade pela genuflexão.

Uma bruxa não faria melhor.

6 de Maio, 2007 Carlos Esperança

Fazer a maratona sem sair de casa

Próxima Peregrinação de Carlos Gil

Caminho de Lisboa – Fátima16 de Julho de 2007

1º dia – Cascais – Lisboa
2º dia – Lisboa – Vila Franca de Xira
3º dia – Vila Franca de Xira – Azambuja
4º dia – Azambuja – Santarém
5º dia – Santarém – Monsanto
6º dia – Monsanto – Santuário de Fátima
7º dia – Cumprimento das promessas e presença nas comemorações

Por 2500 euros cumpre promessas de peregrinos de qualquer parte do mundo.
a) 1atento (leitor do DA)

6 de Maio, 2007 Carlos Esperança

Papa lembra ligação a Fátima

Todos conhecemos a ligação do Vaticano a Fátima. É um rio de dinheiro que nasce na Cova da Iria e desagua no Vaticano, um caminho de sofrimento que produz chagas nos joelhos e não tem saída para o Céu.

Quem fez de Fátima um anjódromo e de uma azinheira um local para aterrarem virgens também inventou as cambalhotas do Sol e embruteceu as três inocentes criancinhas que preferiram a catequese à escola e a oração à leitura.

Fátima não é apenas um embuste para aliviar as magras carteiras dos simples e espoliar o ouro dos desesperados, é o epicentro de uma montagem clerical contra a República e, por extensão, contra o comunismo.

Em 1917, o país rural com soldados em França, infestado de padres trauliteiros e bispos miguelistas, era o húmus ideal para plantar virgens e fazer ralis de anjos. O terço era a ocupação dos supersticiosos para aplacar a ira de um Deus troglodita que precisava de padres-nossos e ave-marias para livrar as pessoas do comunismo e do Inferno.

Os parasitas de Deus andavam possessos com a lei da separação da Igreja e do Estado, com o registo civil obrigatório e o divórcio. O mercado das hóstias começou a entrar em crise e o ódio dos retalhistas a subir em flecha. Só aliviaram com a ditadura salazarista.

Diz B16 que «muitos foram os fiéis que acorreram à Cova da Iria para pedir a protecção de Nossa Senhora nas suas dificuldades». Isso é verdade, mas não há a menor suspeita de qualquer milagre e há a certeza de dezenas de atropelamentos mortais nas estradas antes de chegarem a Fátima e não há o menor indício de que fosse essa a graça pedida.