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Dia: 22 de Julho, 2012

22 de Julho, 2012 Ricardo Alves

Pela separação entre o «Serviço de Assistência Religiosa» e o «Ordinariato Castrense»

O Daniel Oliveira diz que «vivemos num Estado laico, onde a Igreja não decide quem é ministro e o governo não decide quem é bispo». Concordo com o princípio, mas não sou tão optimista quanto à realidade.

Vejamos: a ICAR decidiu que tem lá uma coisa chamada «Ordinariato Castrense», cujo dirigente é equiparado a «bispo» por o grupo que dirige ser equiparado a «diocese». Claro que a ICAR está no seu direito. Até pode nomear uma «diocese» para a Lua. «Nihil obstat» da minha parte. Aliás, em tempos eles até nomearam «bispos» para «dioceses» que já não existiam (como Mitilene). Mas convém recordar que o antecessor do Januário nas FA´s foi o António Ribeiro, e imediatamente antes o próprio Cerejeira. Não sei quem será o sucessor…

O Estado decidiu, em 2009 e pela mão do senhor Sócrates, que haveria nas FA´s outra coisa (quero eu…) chamada «Serviço de Assistência Religiosa» (SAR). Não seria contra, desde que fosse apenas para os interessados e pago pelos próprios. Mas. Na própria lei o SAR densifica-se numa «capelania-mor», que pode ter um «capelão-chefe» por cada «confissão religiosa». Acontece que até agora só há um único «capelão-chefe». Surpresa: é católico.

Bom, vou concluir. O Daniel Oliveira não quer que o Estado nomeie bispos, e eu concordo. Mas o actual «capelão-chefe» das FA´s estatais, um indivíduo chamado Manuel Amorim (perdão, o contra-almirante Manuel Amorim por inerência da capelania), poderá suceder, na lógica católica, ao actual «bispo das FA´s» da ICAR. O tal Januário. Ou seja, poderá acumular o «bispado» da ICAR e a «capelania-chefe» do Estado. Como aconteceu ao Januário, que só tem a notoriedade que tem por ter acumulado o «bispo» eclesiástico (ainda) e o major-general militar (agora na reforma, mas sem carreira militar, note-se… só eclesiástica). Enquanto se mantiver o «serviço de assistência religiosa» com dupla nomeação estatal-eclesial e pago pelo Estado (uma rotunda «gordura do Estado», na minha opinião), a confusão persistirá entre funções privadas (eclesiais) e públicas (Estado). E, no fundo, não se anda longe de o Estado nomear um «bispo». E, tão mau ou pior, a ICAR, em boa verdade, nomeia funcionários das Forças Armadas.

[Esquerda Republicana/Diário Ateísta]
22 de Julho, 2012 Carlos Esperança

Os casamentos de verão muçulmanos

Por

Kavkaz

O Egipto é um país que atrai muitos turistas árabes ricos do Golfo Pérsico. A religião dominante é a muçulmana. A pedofilia, praticada até pelo profeta Maomé, continua a ser praticada nos dias de hoje. Nos longos meses de verão, os muçulmanos ricos compram menores egípcias na qualidade de “esposas temporais”. No Egito há uma lei, segundo a qual não é permitido aos estrangeiros casar com uma egípcia se existir entre ambos mais de dez anos de diferença. Os “empresários” locais falsificam os documentos e a data de nascimento das jovens egípcias.

Os documentos falsos são necessários também para a resolução dos conflitos entre os turistas e a administração dos hotéis que não autorizam o aluguer de quartos se os novos casais não tiverem a certidão de casamento.

Os “casamentos de verão” não têm força jurídica e são automaticamente anulados no momento em que o turista sair do Egipto.

Segundo os dados do jornal “Daily Mail”, o preço de uma mulher menor que, na realidade, é uma escrava sexual e, ao mesmo tempo, uma criada do marido, varia entre os 495 e os 4.950 USD.

Na maioria dos casos, a iniciativa destes negócios parte dos pais da rapariga que nem acham necessário dar conhecimento do objetivo à própria filha e do que a espera. As jovens, bastantes vezes, acreditam ingenuamente que o casamento delas é “verdadeiro” e a partida do marido é para elas uma tragédia.

Se no rescaldo do “casamento de verão” a rapariga engravidar, a regra geral é a entrega dos bebés a um internato. A maioria destas crianças virá engrossar mais tarde as fileiras das milhares de crianças abandonadas que existem nas ruas das cidades egípcias.

“As mulheres de verão” são desprezadas pela sociedade. Ao não conseguirem refazer a sua vida pessoal “como deve ser”, muitas delas dedicam-se à prostituição ao serviço dos turistas, ou casam-se com os exploradores da prostituição locais, que utilizam o casamento para cobertura do seu negócio.

Segundo os dados do Dr. Hoda Badran, representante da organização “Aliança das mulheres árabes”, as raparigas das famílias árabes pobres chegam a dar acordo, conscientemente, aos “casamentos de verão” para, assim, poderem ajudar de alguma forma as suas famílias pobres.

As religiões têm muitos defeitos e poucas virtudes.

http://english.alarabiya.net/articles/2012/07/15/226546.html