Diario de uns Ateus

  • Home
  • Contactar
  • AAP

Eutanásia, outra vez.

17 de Fevereiro de 2020  |  Escrito por Carlos Esperança  |  Publicado em Não categorizado  |  Comentar

Por

Onofre Varela

A Assembleia da República irá discutir, mais uma vez, o problema da despenalização da prática da eutanásia, em casos de processo de doença incurável e irreversível, a pedido do doente. 

Não será uma decisão fácil por se tratar de apressar o fim da vida de alguém, mesmo sendo a pedido do próprio, já que o sentimento dos familiares também poderá ter peso no processo. 

A lei que possa vir a ser aprovada nesse sentido, terá de ter em conta processos desonestos que visam, por exemplo, o recebimento de heranças indevidas num esquema de antecipação. O interesse material que se possa esconder por detrás de uma lei, obriga a que os legisladores tenham em conta toda a “reguilice” tão própria da nossa condição, não só a condição puramente humana, mas também a condição de latino e a de português. 

Lembremo-nos de que, a nível mundial, Portugal ocupa a 30ª posição entre 180 países avaliados tendo em conta a corrupção em situações de suborno. Há, como exemplo, uma lista de casos recentes, incluindo nela os paquetes alugados para a Expo, mais os casos da Tecnoforma, da Bragaparques, do Freeport, dos vistos Gold… que atestam a nossa tendência para a vigarice.

No caso da eutanásia, a lei que a aprove terá de levar em linha de conta as indemnizações dos seguros de vida. Quem os tem, os seus beneficiários perdem o direito a eles pelo facto de a morte ter sido provocada? O paciente está obrigado à morte sofrida, recusando o direito à eutanásia, para não perder o seguro de vida? 

Estes parecem-me ser os casos mais relevantes da implicação que a lei do direito à morte antecipada e medicamente assistida, terá na vida dos familiares daqueles que querem sair da vida mais cedo, evitando a morte sofrida anunciada pela irreversibilidade da doença.

O resto, principalmente a preocupação da Igreja, é mero folclore que nada conta para a validação da lei. Impor a uma comunidade a vontade de um sector, na convicção de usar um código moral ditado por uma divindade inexistente, é, também, uma “reguilice”! 

A eutanásia não é obrigatória!… Só a pratica quem a deseja. Ao contrário da vontade da Igreja que quer impor a sua opinião a toda a sociedade, impedindo a liberdade de consciência de cada um. A consciência da Igreja, guarde-a ela para si própria e para os seus fieis defuntos. Não a imponha a toda a sociedade. A Igreja que olhe para si própria, para o historial que tem dentro do Vaticano, não só no decorrer de toda a sua história recheada de crimes vários, incluindo os de sangue, mas também para casos mais recentes. 

Ao que parece (porque foi negada a autópsia) o Papa João Paulo I foi “eutanasiado” contra a sua vontade, pois morreu imediatamente após ter sido escolhido para a cadeira de S. Pedro. Ele teria demonstrado a vontade de fazer muito daquilo que Francisco I está a concretizar, e terá sido assassinado por isso mesmo. Será esta a verdade da morte de João Paulo I? A extrema-Direita sacerdotal está contra Francisco I pelas mesmas razões que levaram à morte de João Paulo I?

Leão Tolstoi, disse: “Deve valorizar-se a opinião dos estúpidos porque são a maioria”. Será por isso que a Igreja quer um referendo?!

(O autor não obedece ao último Acordo Ortográfico) 

 

Arquivo Histórico

Colaboradores

  • Abraão Loureiro
  • Associação Ateísta Portuguesa
  • Carlos Esperança
  • David Ferreira
  • Eduardo Costa Dias
  • Eduardo Patriota
  • Fernando Fernandes
  • João Vasco Gama
  • José Moreira
  • Ludwig Krippahl
  • Luís Grave Rodrigues
  • Onofre Varela
  • Palmira Silva
  • Raul Pereira
  • Ricardo Alves
  • Ricardo Pinho
  • Vítor Julião

Diário

Fevereiro 2020
S T Q Q S S D
 12
3456789
10111213141516
17181920212223
242526272829  
« Jan   Mar »

Commentadores:

Administração

  • Iniciar sessão
  • Feed de entradas
  • Feed de comentários
  • WordPress.org


©2021 Diário de uns ateus
Concebido na plataforma WordPress sobre tema desenvolvido por Graph Paper Press.