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Dia: 24 de Maio, 2015

24 de Maio, 2015 Carlos Esperança

Há cheiros apelativos para os crentes

Bispa Sônia Hernandez lança perfume com cheiro de Jesus.

Publicado: em 19/04/2013 – às:13:05 por: Colunistas, Televisão

Bispa Sônia Hernandez lança perfume com cheiro de Jesus.

Bispa Sônia Hernandez lança perfume com cheiro de Jesus.

A Bispa Sônia Hernandez, lançou no último sábado (15) uma linha de cosméticos de  nome “De bem com a vida” no valor de R$ 79. O perfume “exala o bom cheiro de Cristo”, afirmou Fernanda, filha da Bispa.

Sônia afirmou que os Kit de produtos, vem da benção da Ceia de Oficiais, que diz que sementes que você nem lembrava que havia semeado iriam frutificar.  Segundo Sônia, os produtos demoraram alguns anos para chegar ao mercado por conta das pesquisas e desenvolvimento das embalagens e foram testados pessoalmente pela Bispa e sua  filha.

Agora, a novidade será lançar a linha de perfumes para homens, que será o kit do Apóstolo Estevam, marido dela, ambos fundadores da igreja evangélica Renascer em Cristo (*Com informações yahoo notícias).

24 de Maio, 2015 Carlos Esperança

Até por uma questão de segurança…

RELIGIÃO

Holanda propõe proibição de véus islâmicos integrais em público
A proibição não se aplica, no entanto, às ruas, exceto em “situações específicas em que exista a necessidade de que as pessoas sejam vistas”
Mulher caminha em rua de Bruxelas, capital da Bélgica

São considerados véus integrais a burca, que deixa apenas uma tela para respiração, e o niqab, com uma pequena abertura para os olhos
PUBLICADO EM 22/05/15 – 16h11

A Holanda apresentou nesta sexta-feira (22) uma lei que proíbe o uso do véu integral islâmico em alguns lugares públicos, como escolas, hospitais, prédios estatais e transportes públicos, de todo o país.

A medida, apresentada pelo primeiro-ministro Mark Rutte, deve ser aprovada pelo Parlamento. São considerados véus integrais a burca, que deixa apenas uma tela para respiração, e o niqab, com uma pequena abertura para os olhos.

24 de Maio, 2015 Carlos Esperança

SODOMA – Crónica de fim de semana

Naquele tempo, andava Deus na divina ociosidade a que se remeteu depois de ter criado o Mundo, quiçá arrependido da forma inventada para que os animais se multiplicassem, a ruminar desculpas por ter incluído a macieira quando fez as plantas, sabendo que sem Eva e sem maçã estaríamos todos, ainda hoje, condenados ao Paraíso e ao tédio.

Tinha acontecido o dilúvio e a engenharia ousado construir a torre de Babel. O primeiro foi um susto bem pregado e uma experiência radical e a segunda um enorme fracasso e uma extraordinária confusão.

Pelo Vale de Sidim, próximo do Mar Morto, estendiam-se cinco cidades com diferentes níveis de progresso, riqueza e bem-estar. Sodoma e Gomorra eram mais desenvolvidas e tinham um invejável nível de vida, graças ao sector terciário que, então, não tinha ainda designação adequada por não haver economistas encartados. As outras, Admá, Zebolim e Bela eram menos importantes, a acreditar no Génesis, o primeiro livro do Pentateuco.

Vinha do Norte o ar quente que, depois de percorrer e acariciar as águas do mar, entrava suavemente em Sodoma para animar os corpos, inebriar a alma e soltar a fantasia de que o mundo era capaz, na sua difícil infância, e produzir um indizível arrebatamento.

Homens e mulheres contavam instantes do tempo breve que o expediente dos escritórios lhes tomava, para cultivarem, a seguir, todos os prazeres febrilmente sonhados. Mesmo nas horas de trabalho não se coibiam de ser felizes e soltarem a imaginação. Os afazeres que o desenvolvimento tecnológico se tinha encarregado de aliviar eram cada vez mais um mero resquício para justificar a maldição bíblica que viria a ser criada com efeitos retroativos. O trabalho era um bem muito escasso e, dele, ninguém se quisera apropriar.

Como os livros ainda não tinham sido inventados, todos liam o livro da vida através dos sentidos. Tinham-se habituado a usar o corpo e a dar-lhe alma. Eram desmesuradamente felizes a ponto de esquecerem Deus e os seus ensinamentos, as ameaças e maldições, o sofrimento e a cultura que o inventara. E, porque eram felizes, não os atingia a doença, a fome, o medo ou a guerra.

Imagina-se o seu grau de felicidade pela intensidade da cólera divina, que enviou o fogo que destruiu Sodoma e, com ela, as outras cidades, e, com os adultos que se divertiam, as crianças, que ainda não sabiam folgar, e também os velhos que tinham esquecido já os divertimentos, se algum dia os conheceram, e, talvez, algum anjo que tivesse tentado pôr termo ao pecado e acabou violado, chamuscadas as penas no desejo e esturricado, também ele, nas labaredas, vitima do “fogo e enxofre descido do céu”.

Ao longe, Abraão assistira ao espetáculo que o seu Deus pirómano lhe serviu à hora da sesta, tirando moncos do nariz, enquanto Loth, seu sobrinho, por bambúrrio da sorte ou por morar nos subúrbios, se esgueirava com as filhas e a mulher, tendo esta olhado para trás, apesar da recomendação divina em contrário, e sido transformada em estátua de sal, por ser nela maior a curiosidade do que a obediência.

Para dizer alguma coisa ou por se ter arrependido do fogo que ateara ou, somente, para criar factos que dessem conteúdo ao Êxodo, ao Levítico e a outros escritos, fez Deus, a Abraão, umas promessas que acabariam por dar origem a Israel, muito tempo depois, e dado a Jacob e aos seus 12 filhos o Egipto para se instalarem e cumprirem uma profecia.

Sodoma ficou na memória oral dos povos pelos hábitos sexuais de uma escassa minoria. Conhecendo-se hoje melhor Deus e os seus humores, a fé e os preconceitos, a devoção e a sua intolerância, somos levados a crer que seriam deliciosas as vitualhas, capitosos os líquidos, refinados os hábitos, agradáveis as relações, enfim, felizes os seus habitantes, a ponto de Deus perder a paciência e ter sido tomado por aquela cólera que o celebrizou.

Terá sido Loth o autor do boato a que se deve o verbo criado a partir do nome da cidade perdida ou um qualquer viandante, saído antes do fogo, ávido de agradar ao algoz.