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  • 12 de Junho, 2013
  • Por Carlos Esperança
  • Vaticano

A “REFORMA” DA IGREJA E O PAPA CHICO

Por

João Pedro Moura
1- O papa reconheceu que a reforma da cúria eclesiástica é um projeto “difícil”; “Fala-se de lobby gay, e é verdade, ele existe”; “Não posso fazer eu a reforma”, continuou o chefe da Igreja Católica, que se confessou “desorganizado”, durante uma reunião, a 06 de junho, com responsáveis da Confederação latino-americana e das Caraíbas dos religiosos e religiosas (CLAR).

Logo de início, temos 2 comentários a fazer:
a) O papa reconhecer que há corrupção e um “lobby gay”, na cúria romana e, necessariamente, por extrapolação, em toda a Igreja, é uma coisa desconcertante.

b) O papa reconhecer que não pode, ele, fazer a reforma, mesmo que por interposta comissão, é duplamente desconcertante.

2- Porque, se o papa discerniu corrupção e homossexualismo em estruturas da Igreja, das quatro, uma:
– Ou ele quer eliminar isso, mas não pode… sendo impotente…
– Ou pode, mas não quer… sendo perverso…
– Ou não pode nem quer… sendo impotente e perverso…
– Ou pode e quer eliminar esses “males”… sendo determinado…

3- Dizer que é “difícil” e que não consegue fazer a reforma, é admitir a sua incapacidade e, inerentemente, uma certa condescendência, que, a seu tempo, irá demonstrar se ele apenas estranha ou… entranha…
O que não pode é sustentar, ela, a Igreja e o seu papa, doutrinariamente, que o homossexualismo é uma “grave desordem”, um pecado mortal, condenado pela Igreja, e deixá-lo grassar nas suas estruturas…
É uma contradição, uma incongruência!

4- Se um médico diagnostica um mal, vai seguidamente propor uma terapia, que pode ser uma cirurgia…
E quem diz um médico, diz um político ou qualquer outro agente social que se propõe combater “males” e preservar ou fomentar o “bem”.

5- Desde o início que este papa me pareceu mole e contemporizador…
… Agora, com estas afirmações de impotência e desconcerto, indignas dum alto cargo diretivo, mais reforço esta ideia dum papa ineficaz, em termos de agente transformador de estatuto disciplinar e doutrinário…

6- O chico-desperto do Bergoglio parece-me mais uma criatura afável e “despertada” para o populismo vulgar, de mais fácil e prazenteiro contacto público do que o “panzerpapa” B16, endurecido pela doutrina e pelo imobilismo ancestral, mas ferrugento na balística, ou o casmurro JP2, perambulador pertinaz e mundial, mas santarrão colecionador e preservador do núcleo duro e misterioso da ICAR…

7- Mais me convenço da minha tese, aparentemente extravagante, de que a Igreja foi tomada, “in illo tempore”, por um grupo de homossexuais, a começar pelo verdadeiro fundador do cristianismo, Paulo de Tarso, que, para preservar o seu (deles, grupo…) homossexualismo e a misoginia congénita e inerente daqueles tempos, erigiram uma delicada associação (igreja…), que conseguiu impor, a muito custo, o celibato, em nome de estranhos valores “espirituais”, celibato esse que era a única forma de eles próprios não só se preservarem, pois que o meio era altamente hostil à homossexualidade, mas também conseguirem juntar as riquezas de heranças dos seus aderentes profissionais, visto que estes não poderiam legá-las a seus filhos, pois que tais homossexuais não teriam filhos, normalmente nem oficialmente.
E tudo isto teve por base inicial, enquanto estrutura de poder, a aliança com o império romano, uma aliança eficaz entre o desejo de transcendente das massas e o desejo de domínio político sobre as mesmas.
Aliança essa que perdurou, muito eficazmente, ao longo dos séculos, com os diversos poderes imperiais e monárquicos, e entranhando a fundo no imaginário popular…

8- Só que as conceções religiosas não atraem só homossexuais e outras criaturas com estranhas e desvairadas conceções de castidade e sexualidade, mas conseguiram edificar uma estrutura, que tem atravessado milénios, em bom estado, mesmo que em (suave) decadência, pois que tais conceções “respondem” e vão “respondendo” aos anseios populares do transcendente e do apaziguamento de angústias e medos…