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Mês: Dezembro 2012

3 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

Notícias importantes

Vai grande agitação na comunicação social: o papa enviará o 1.º twit no próximo dia 10 e uma duquesa inglesa está prenha. O primeiro é o chefe de uma seita e a segunda é a mulher do futuro chefe de outra.

3 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

O Vaticano e o marketing

É preciso humanizar a fera mais velha

O Papa Bento XVI foi filmado a fazer festas num leão.

Um leão de dimensões seguras, claro. Uma irresistível cria em plena Santa Sé, a receber os carinhos papais.

Foi um dos momentos altos do dia do Papa, que recebeu em audiência no Vaticano cerca de sete mil artistas de rua, artistas de circo, malabaristas, dançarinos, palhaços, com certeza também.

Uma animação em São Pedro, agora que começa o mês do Natal e do circo.

3 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

Algumas confusões do Cristianismo

Por

Kavkaz

“Engana não um, não dois, nem três… Engana todos de uma vez!” Esta expressão conhecida sobre as capacidades dos vendedores da banha-da-cobra é uma trágico-comédia que se pode aplicar também ao Cristianismo. Vejamos alguns exemplos de confusões do Cristianismo não esclarecidas ainda pela pomba do “Espírito Santo”:

Os Evangelhos não indicam o ano ou o dia em que Jesus nasceu. Coisa de pouca importância, talvez… Mas os investigadores dão como certo que o Natal é celebrado na data errada e que o calendário já deveria estar mais à frente uns quatro a oito anos.

Jesus de Nazaré nasceu, não em Nazaré, mas em Belém. É o que indicam os relatos de Mateus e Lucas. Dizem de Nazaré, possivelmente por ter lá vivido uma boa parte da vida.

A mãe de Jesus, de nome Maria era Virgem, segundo a propaganda, mas há historiadores que acreditam que Jesus surgiu de uma violação ou de um adultério e acrescentam uma motivação diferente à viagem para Belém: fugia da vergonha e da má-língua da população da Nazaré. Jane Shaberg, professora de Estudos Religiosos na Universidade de Detroit, defendeu que Jesus nasceu de um namoro ou de um adultério. Como outros autores, indicou a possibilidade de se ter apaixonado por um soldado, antes de conhecer o velho José, ou mesmo quando já o conhecia. Sem surpresa, quando publicou a tese Shaberg recebeu uma carta armadilhada.

Em algumas fontes judaicas dos séculos II e III, um nome surge repetidamente como amante de Maria: Tibério Júlio Abdes Pantera. Arqueiro no exército comandado por Públio Quintílio Varo, fez parte do grupo que contra-atacou Judas, filho de Ezequias, na cidade de Séforis, no ano 4 a.C. Os Evangelhos defendem a Virgem Maria e a concepção de Jesus como obra do Espírito Santo.

A tradição aponta para o facto do alojamento onde Jesus nasceu seria um estábulo ou uma gruta. Segundo Peter Walker, estudioso da Bíblia, no livro “Pegadas de Jesus, conclui: “O estábulo é ficção.”

Os “Reis Magos” eram traduzidos nos Evangelhos como “homens sábios” e não falam de “Reis” ou em camelos ou se eram três ou trinta. A tradição acabou por fixar Baltasar, Melchior e Gaspar.

Os presépios são preenchidos com o boi e a vaca a aquecerem a criança recém-nascida. “Nos Evangelhos nunca se mencionam os animais”, escreveu o Papa Bento XVI no seu novo livro. A presença dos animais pode ter origem no livro de Habacuc, do Antigo Testamento, datado do século VII a.C., bem como no livro de Isaías. O Papa continua a não mudar de hábitos e o presépio do Vaticano, na Praça de S. Pedro, continuará a ter os mesmos animais de sempre.

(Texto adaptado e resumindo o artigo original “Os Mistérios do Nascimento de Jesus Cristo”, de Ricardo Dias Felner, revista “Sábado”, Nº 448 de 29 de Novembro a 5 de Dezembro de 2012)

1 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

O meu Senhor sou eu

Por

Kavkaz

As religiões precisam de Senhores, seres superiores, os deuses e os seus representantes, os capatazes que dão as orientações e as ordens em nome dos deuses inexistentes, para os crentes cumprirem. Estes, amedrontados com as ameaças de castigos dos Senhores Todo-Poderosos, submetem-se até da forma mais aviltante e anti-humana para não serem julgados nem pelos capatazes, nem pelos hipotéticos deuses. Deixam-se até tratar por ovelhas, apesar de serem Cidadãos, Seres Humanos.

Os ateus não têm nem precisam de deuses, são Senhores deles próprios. Têm Sabedoria, estudaram e analisaram as religiões e os objectivos que pretendem atingir, sabem que os deuses não existem e foram inventados pelos capatazes para dominarem os crentes e retirarem deles o proveito para uma vida de riqueza.

Os crentes olham para os capatazes dos deuses e são incapazes de os questionar: para que precisarão eles de tanto, e ainda dão o seu contributo para que a riqueza deles nunca se esgote e seja sempre deslumbrante e brilhante?

Os ateus vivem com o que conseguem por si. Não colocam caixas de esmolas por onde passam, na tentativa de comover o incauto com sentimentos mais sensíveis, e levando-o a depositar o que até lhe pode fazer falta a quem já muito mais tem. Vivem como sabem e sem ilusões, reconhecendo que a vida é finita e, muitas vezes, bem rápida e muito caprichosa.

Os crentes são levados a acreditar que há quem seja mais importante na vida do que eles mesmos, para si próprios. E aceitam que basta subjugarem-se, inferiorizarem-se, anularem-se até, ao que não vêem, não ouvem e não sentem para conseguirem um prémio de consolação caridoso. Os crentes acreditam nas frases dos capatazes cheias de promessas boas, tentam corresponder ao que eles dizem e sem examinarem se tudo será bem assim como lhes contam, de verdade.

Os crentes sabem que se não se submeterem sofrerão castigos duros posteriormente. E cedem perante o medo das ameaças, alegremente repetidas tantas vezes pelos capatazes, em nome de deuses inexistentes. Não lhes é fácil entender que tais ameaças não passam de um jogo sujo dos capatazes falsos. A pressão das religiões tolda o raciocínio aos crentes e persegue-os por toda a parte. Habituam-se a viver com a Mentira religiosa por lhes parecer ser melhor assim.

Os ateus vivem as suas vidas ignorando as indicações dos capatazes dos deuses inexistentes. Decidiram ser, conscientemente e com Sabedoria, Senhores deles próprios.

Apostila – O título, cujo lapso foi do editor, está corrigido.