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O terrorismo e a fé

Não se pode negar a ligação entre crença e terrorismo religioso e, por isso, seria ingénuo acreditar que é possível pôr cobro ao último sem desmascarar a irracionalidade da fé. Na defesa da paz e da harmonia entre as pessoas urge combater a mentira e desmascarar a superstição.

Sem fé não seriam assassinadas crianças que viajam de autocarro a caminho da escola. É a religião que guia os terroristas para um centro de veraneio, a caminho de edifícios cheios de escritórios ou para o centro de um mercado pejado de gente. A religião diz aos trogloditas da fé que o crime que cometem é uma bonita acção ao serviço de Deus e não lhes falta com a recompensa merecida destinando-lhes uma assoalhada no Paraíso.

Sem a demência mística teriam sido possíveis os massacres contra os albigenses, o extermínio dos índios, as cruzadas e os churrascos de improváveis bruxas e suspeitos judeus? Sem as palavras de ódio bolçadas na Bíblia e no Corão teriam sido possíveis a Inquisição, as Cruzadas, a evangelização e os rios de sangue que os muçulmanos se encarregam de alimentar para glória e gozo de Maomé?

É fácil fanatizar uma criança e os clérigos encarregam-se de as procurar à nascença para as transformarem sucessivamente em crentes, assassinos e residentes no Paraíso.

O proselitismo é a lepra que corrói os crentes fanatizados. O seu desejo é eliminar os infiéis ou convertê-los e as conversões acontecem, nem sempre por medo.

Algumas conversões são reacções psicóticas relativas ao confronto da cultura religiosa individual com a carga emotiva activada pelos lugares sagrados. Estes são fruto da propaganda (Santo Sepulcro, sítios de aparições, locais de martírio, mausoléus de imãs ou profetas, etc.), aquela é o produto da fanatização perpetrada por agentes da religião.

Ninguém poderá negar que os períodos de mais intensa fé corresponderam sempre aos tempos mais negros da história da humanidade. O maoísmo, o estalinismo e o nazismo, bem como diversos nacionalismos, não foram mais do que religiões que prestaram culto a Mão, Estaline e Hitler num histerismo mimético ao que se passa com Cristo, Maomé e outros ícones que embotam o pensamento e ensandecem as pessoas.