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Ateísmo na Blogosfera

  1. «Por exemplo, o presidente do Conselho de Educação do Kansas, o religious right Steve Abrams que aprovou em 2005 a introdução do neo-criacionismo nos curricula de ciências do estado e rejeitou ser a ciência uma explicação natural de fenómenos observáveis – aprovando a redefinição de ciência proposta pelo templo do neo-criacionismo, o Discovery Institute – considerou que alguns directores de escolas do seu estado, curiosamente os mesmos que se recusaram a vender religião por ciência, promoviam “pornografia como literatura”. Recordando que as minhas aulas de Português mais memoráveis, com um daqueles professores que nos marcam, passaram pela dissecação literária do «1900» de Bernardo Bertolucci, tenho alguma dificuldade em perceber como alguém minimamente razoável pode considerar que, por exemplo, o relato de uma epidemia de Ebola é pornográfico, não obstante o título The Hot Zone (A zona quente).»(«Polícia da Palavra», no De Rerum Natura)
  2. «As figuras mais marcantes desta geração, conhecida como a “geração de 70” e que provocou uma polémica contra os românticos em 1865 empreenderam uma intensa campanha anti-clerical, em textos literários e ensaísticos de grande divulgação: os romances realistas daquele que é provavelmente e ainda hoje o maior prosador da língua portuguesa Eça de Queirós (1845-1900) – ‘O Crime do Padre Amaro’ e ‘A Relíquia’ – , os poemas satíricos de Guerra Junqueiro (1850-1923) – ‘A Velhice do Padre Eterno’ – , e as crónicas de Ramalho Ortigão (1836-1915) e de Fialho de Almeida (1857-1911) são os exemplos mais marcantes. Mas houve outros, como Antero de Quental (1842-1891), o poeta e filósofo que, nas ‘Causas da Decadência dos Povos Peninsulares’, incluiu a influência nefasta da Igreja, e Oliveira Martins (1845-1894), o historiador autor de ‘Portugal Contemporâneo’. Todos eles defendiam uma sociedade laica e progressista, em que a razão, a ciência, a moral social substituíssem completamente os dogmas e a pedagogia religiosa.»A DESCRENÇA EM DEUS NA LITERATURA PORTUGUESA», no De Rerum Natura)
  3. «O prefácio da novissima The New Encyclopedia of Unbelief em que o Carlos colaborou ficou a cargo de um dos mais proeminentes ateístas da actualidade, Richard Dawkins, que tem feito correr rios de tinta com o seu último livro, “A ilusão de Deus”.»(«Escravos da Superstição: os Inimigos da razão», no De Rerum Natura)