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Ateísmo na Blogosfera

  1. «Não peço provas irrefutáveis. Peço apenas uma forma de distinguir entre sentir mesmo um deus ou julgar que se sentiu um deus mas ser engano, epilepsia no lobo temporal, ou outra coisa qualquer. E aqui costuma entrar a desculpa do amor: sentir deus é como estar apaixonado. Se estamos, sabemos o que é, e a quem não está não se pode explicar. É sempre comovente, esta explicação.

    Mas não satisfaz. A paixão é um estado interno. Claro que senti-la diz-nos muito acerca do que sentimos. Mas considere-se tudo o que vem associado e que imaginamos acerca do objecto da nossa paixão. O seu carácter, a sua lealdade, a simpatia, como somos feitos um para o outro, e tantas outras coisas que, se nos fiarmos só na paixão, nos vão meter certamente em maus caminhos. Até a sua existência. Lembro-me, em miúdo, de estar apaixonado por uma princesa de um filme qualquer. A paixão era real. A princesa nem por isso.»(«Experiência… mas de quê?», no Que Treta!)

  2. «Nas organizações religiosas geralmente o objectivo da fé é a obediência. Existem até mitos em que a desobediência e o conhecimento tornaram-se a causa de todas as desgraças: para os católicos é a felix culpa. Mas não é o próprio Deus que vem ter connosco dizer o que quer, são necessários intermediários: os sacerdotes. Na práctica, é a eles que se obedece.»Fé e dúvida», no Crer Para Ver)
  3. «Para estes dominionistas, a democracia «é o primeiro passo para o fascismo» e a sua primeira linha de acção passa pela afirmação da supremacia das lei de Deus sobre as iníquas leis dos homens, nomeadamente pela aplicação de castigos «bíblicos» aos «pecados bíblicos», isto é, pena de morte para «crimes» como a homossexualidade, adultério, apostasia, heresia, aborto e muitos outros.»(«Ideias realmente perigosas», no De Rerum Natura)