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A ICAR não acredita na vida eterna

Se, como diz a Igreja católica, há vida depois da morte, não pode, em nome da vida, tomar as suas opções éticas.

Sabe-se quanto gastam as famílias supersticiosas com a vida eterna, paga a prestações durante a vida terrena, através do pagamento de missas, indulgências, novenas e outras terapias sacras, sem comparticipação da Segurança Social.

Quem está familiarizado com a ICAR conhece os custos da terapêutica profiláctica para a vida saudável dos mortos, ou seja, o bem-estar vitalício das respectivas almas.

Que há vida depois da morte, passe o paradoxo, prova-o a quantidade de milagres que os mortos obram, as aparições de outros, com especial relevância para a Virgem Maria, e o próprio Cristo que já se tem deslocado a países amigos para aparecer a pessoas treinadas em visões, como aconteceu com a Irmã Lúcia.

Pode, pois, concluir-se que estão mais vivos os mortos do que os vivos, que a vida não acaba com a morte aparente, razão que leva as religiões a despachar prematuramente os ímpios, hereges, apóstatas e outros suspeitos de abominações.

Além disso, como tudo sucede por vontade de Deus, com que legitimidade se põe em dúvida essa vontade quando os actos desagradam ao clero, molestam o Papa ou põem a Senhora de Fátima a chorar? Que vá queixar-se a Deus e deixe os estados de alma com que participa na burla monumental dos santuários marianos.