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O Papa na Turquia

Depois de ter colocado respeitosamente uma coroa de flores em homenagem a Kemal Atatürk, o pai da Turquia moderna, que proibiu o uso público dos símbolos religiosos, Portugal espera que B16 repita o gesto em relação a Joaquim António de Aguiar e Afonso Costa, vilipendiados pelo clero da sua Empresa.

Num gesto de coerência, o Papa B16 defendeu a entrada da Turquia na União Europeia e – presume-se -, terá amaldiçoado um cardeal reaccionário de nome Rätzinger, que foi o chefe do Santo Ofício no anterior pontificado, adversário de semelhante ideia.

Na Mesquita Azul, o Sapatinhos Vermelhos, que crê tanto em Deus como os redactores do Diário Ateísta, recolheu-se em oração, virado para Meca, mostrando que sabe geografia e o lado de que Deus sopra.

Antigamente Deus estava em toda a parte, mas a melhoria das condições higiénicas e o aparecimento da lixívia, removeram-no para o Céu, cuja localização se ignora, e para Meca onde o odor das grandes peregrinações ainda o conserva.

Se Atatürk fosse vivo obrigaria B16 a vestir-se como as pessoas normais e a conter-se no tráfico da fé, remetendo as negociações religiosas para a esfera particular. Assim, com o circo mediático montado nesta viagem, as negociações fizeram-se em público e decorreram com a presença da comunicação social.

Cuidado com os dirigentes religiosos. Não é a liberdade que procuram, é a imposição da fé através dos meios persuasivos que ilustram as páginas mais negras da humanidade.