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Unidos pelo ódio

A Parada Internacional do Orgulho Gay, programada inicialmente para 10 de Agosto, em Jerusalém, que mereceu a união em uníssono das vozes mais ululantes dos fundamentalistas islâmicos, judeus ortodoxos e católicos na condenação do evento e foi adiada por razões de segurança vai realizar-se na próxima sexta-feira, dia 10 de Novembro.

De facto, não obstante os protestos e pedidos de proibição de todos os fanáticos em nome de um mito, o procurador geral de Israel afirmou não existirem razões para proibir o evento, apesar de a polícia considerar que o evento se pode tornar muito violento: «Nós achamos que o perigo potencial à vida e o derramento de sangue é mais importante que a liberdade de expressão» declarou o porta voz da polícia, Micky Rosenfeld.

De facto, milhares de judeus ortodoxos protestaram sábado passado a realização do evento, que culpam pela guerra do Líbano e pela derrota sofrida na mesma. Os devotos judeus promoveram distúrbios durante três dias em protesto pela parada, queimando lixo, fazendo barricadas e apedrejando a polícia. As habituais ameaças de morte a todos os que nela participam foram mais uma vez ouvidas.

Como ululou o rabi Moshe Sternbuch, que preside ao tribunal Eda Haredit, durante a manifestação, «Nós não tivemos sucesso no Líbano devido à obscenidade e promiscuidade existente na Terra Santa. Não há pior distúrbio que esta parada vergonhosa».

Parece que para os devotos seguidores das religiões do livro – cujos crentes protestam serem religiões de paz e amor – sem se perceber bem porquê, aparentemente por «castigo» de um mito que apenas se manifesta para punir «sodomitas», os odiados homossexuais são os culpados por todos os atentados terroristas e insucessos bélicos no globo, do Médio Oriente, como uiva o fanático pastor da Igreja Baptista de Westboro, à Europa!