Lefebvre a caminho da canonização
Não sei como se aproxima quem sempre esteve junto. Trata-se de legalizar uma união espiritual de facto.
O Vaticano é um Estado criado pelo Tratado de Latrão, a última excrescência totalitária que resta de Benito Mussolini, um católico que subsidiou o antro das batinas, reconheceu o catolicismo como religião oficial do Estado italiano e tornou o seu ensino obrigatório nas escolas.
A Constituição de 1947 incorporou este tratado com a bênção dos partidos amigos da hóstia e do Papa e do PCI.
A religião que considerava Mussolini enviado da Providência é a mesma que chamava porcos aos judeus. O Papa que se deita na cama dos sucessores de Lefebvre é o cardeal que silenciosamente assistiu à canonização de alguns dos piores indivíduos do século passado. Não saberia o Vaticano do apoio de Monsenhor Escrivá ao frio assassino Francisco Franco? E não lhe adjudicou três milagres?
Pio XII, Torquemada, os Reis Católicos de Espanha e João Paulo II fazem parte de uma galeria de futuros santos que, se não tornam a ICAR mais santa, a tornam, pelo menos, mais temida.
Dizem que o problema com a Sociedade São Pio X (SSPX) reside no facto de esses católicos não aceitarem mais nenhuma religião como verdadeira. Afinal o que os distingue? Todas as religiões do livro pensam o mesmo.
Curioso é a relutância dos Papas em receberem pessoas divorciadas e não se importarem de receber excomungados. Acreditar em Deus é obrigatório para os crentes e facultativo para os Papas.