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Separação dinamarquesa

De acordo com um jornal religioso «Kristeligt Dagblad», 46 por cento dos deputados do parlamento dinamarquês afirmam o desejo de uma maior separação entre o Estado e a Igreja Luterana. Dentro desta percentagem, 29 por cento querem uma separação completa, sendo que os 17 por cento restantes pretendem apenas um distanciamento.

Apesar de tudo, o Ministro da Educação e do Culto, Bertel Haader, duvida que «exista uma separação entre Igreja e o Estado na próxima geração, mas se um relaxamento dos laços significar, por exemplo, que o registo civil tenha de ser efectuado pela Igreja do Estado» é para aí que se caminha.

Um dado curioso é que o único país escandinavo a consagrar a laicidade é a Suécia e fê-lo no ano 2000. Apesar de tudo, creio que nos podemos congratular por não vivermos num Estado marcadamente confessional, não que a ICAR não faça por tentar conduzir as políticas governamentais por forma a perseguir determinados valores morais e por tentar manter determinados privilégios. É contra esta influência mais ou menos velada e contra certos benefícios – nomeadamente fiscais – que devemos lutar.