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Ainda o Diário Ateísta

Recentemente um bando de energúmenos da melhor cepa fascista apareceu a escrever nas caixas de comentários do Diário Ateísta.

Os dez colaboradores habituais são ateus de diferentes proveniências culturais e variadas opções políticas que têm em comum o ateísmo e o desejo de combater as religiões pela acção deletéria que lhe atribuem. Há certamente outros ateus que não se identificam connosco nem nós queremos qualquer confusão com eles.

No meu caso pessoal, junto ao ateísmo militante um anti-clericalismo entusiástico, certo de que não posso combater eficazmente a droga sem beliscar os traficantes. Não é só a religião que é responsável pelo atraso dos povos e por uma atitude retrógrada perante a vida, é o clero, na luta pelo poder político, que impede o progresso e cerceia a liberdade.

Sabemos que não somos os únicos. Há ateus entre extremistas violentos, estalinistas e nazis. Mas é fauna com que não nos identificamos.

O Diário Ateísta defende a liberdade religiosa e o direito de todos poderem ter uma religião, abdicar dela, aderir a outra ou desprezar qualquer fenómeno atribuído a Deus. Apenas não abdica do direito de combater as crenças nem de defender igual direito para os que nos combatem, desde que a única arma seja a palavra.

O que todos aqui defendemos é a democracia, baseada no sufrágio universal e secreto, o respeito pelas minorias, a não discriminação de quem quer que seja por motivos de raça, sexo ou outros e a exigência da separação do Estado e da Igreja, única condição para que os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos possam ser respeitados. Apenas impedimos o proselitismo religioso neste espaço bem frequentado pelo ideal ateísta.

As religiões são falsas e mentirosas. Atribuem a Deus livros que consideram sagrados e que frequentemente apelam ao crime, mas, nem por isso, aceitamos outro foro para o seu julgamento que ultrapasse a opinião pública que nos esforçamos por esclarecer e os tribunais a quem, num Estado de direito, cabe julgar os crimes de crentes e ateus.

Os homens primitivos criaram Deus à sua imagem e semelhança, com os seus piores defeitos e nenhuma das virtudes que a humanidade no seu incessante progresso se tem encarregado de criar. É por isso que Deus é cruel, vingativo, misógino, ignorante e feroz.

O dever dos homens e mulheres civilizados é desmascarar as religiões e os clérigos que as parasitam. O Estado moderno, laico e democrático, é um dique contra a superstição e a ignorância que o clero perpetua e as religiões se esforçam por aprofundar.

O Diário Ateísta continuará a defender os seus pontos de vista de acordo com a visão de cada colaborador, com o respeito devido à Constituição da República Portuguesa e o apreço que lhe merece a Declaração Universal dos Direitos do Homem.