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ICAR espanhola contraria Papa

A Conferência Episcopal Espanhola (CEE) cujo azedume contra o Estado laico recolhe a unanimidade dos 74 bispos titulares de outras tantas dioceses, bem como da generalidade do clero, acabou por reconhecer ontem o uso do preservativo como meio de protecção contra a SIDA, sem ter em conta os ensinamentos papais em contrário e o desgosto que dão à Santidade JP2.

O porta-voz da CEE, à saída da reunião com a ministra da Saúde, onde apenas se discutiu a SIDA, afirmou que o encontro permitiu desmistificar «determinados preconceitos» e sublinhou que as posições da Igreja sobre a doença estão apoiadas em estudos científicos que defendem a abstinência, a fidelidade e o uso do preservativo – escreve o «Público».

A Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR), embora demasiado tarde e depois de ter provocado muito sofrimento inútil, acaba por se conformar com a ciência, perante o descrédito do Papa.

Quanto à abstinência adivinha-se que previne a SIDA sem necessidade de estudos científicos. Em relação à fidelidade há a certeza de que resulta, com a condição de nenhum dos parceiros estar infectado. Já quanto ao preservativo é que há estudos científicos que a ICAR sempre se recusou a aceitar e que o Papa ainda não suporta.

Apostila (6 horas depois) – Um comunicado [da Conferência Episcopal Espanhola] esclarece que: a abstinência sexual e a fidelidade conjugal são as únicas formas de prevenir, de forma completamente eficaz, a propagação da SIDA; que, mesmo quando recomendado tecnicamente pela comunidade científica como forma de prevenção da SIDA, o «uso do preservativo implica uma conduta sexual imoral».