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Contra a homofobia dos bispos

Vários grupos de defesa de lésbicas, gays e transexuais espanhóis manifestaram-se pela necessidade de o «Fiscal General del Estado» actuar oficialmente contra a Conferência Episcopal Espanhola pelo seu último documento aprovado relativo ao casamento homossexual.

Os porta-vozes destes grupos expressaram a sua indignação pelos termos empregados no texto redigido pelos bispos que, segundo a sua opinião, incitam à homofobia. Neste sentido, reclamam que o governo espanhol promova a aprovação de uma norma que condene este comportamento e que impeça a ICAR de proclamar, por exemplo, que a homossexualidade é «um comportamento intrinsecamente mau do ponto de vista moral».

A presidente e porta-voz da «Federación Estatal de Gays y Lesbianas» sublinhou que os bispos têm «uma atitude muito pouco cristã que incita à violência, ao ódio e à homofobia».

Esta atitude de condenação dos LGBT’s pela hierarquia católica levou milhares de madrilenos destas orientações sexuais a solicitar a desbaptização.

O presidente de outra associação, a «Asociación de Transexualidad Clínica de Madrid», chegou a afirmar que «temos de considerar se não é mesmo conveniente denunciar os acordos entre a Igreja e o Estado porque o Vaticano está a imiscuir-se nos assuntos internos da Espanha», referindo-se à posição dos bispos face aos projectos legislativos para a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Para tornar as coisas mais interessantes, a Conferência Episcopal espanhola iniciou ontem uma campanha contra o casamento homossexual e o seu direito à adopção que foi «celebrada por 69 dioceses do país, com a distribuição de sete milhões de desdobráveis nas paróquias espanholas, nos quais se indica que ‘no matrimónio, Deus une homem e mulher para que, formando uma só carne, possam transmitir a vida humana’».

É assim que a Igreja Católica Apostólica Romana promove a tolerância e a igualdade.