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Vaticano lamenta. Laicidade regozija-se

A Concordata, recentemente assinada por Portugal, foi o aborto praticado por aqueles que se obstinam a combater a despenalização. Temos de estar atentos à influência nefasta da ICAR e ao potencial de perversidade deste papa decrépito.

À medida que aumenta entre os vivos o número de pecadores, JP2 descobre entre os mortos cada vez mais santos. Com tantos intermediários dedicados à intercessão divina torna-se difícil, para os crentes, uma audiência a sós com Deus. E entre os intermediários, promovidos a beatos e santos, não faltam biltres da estirpe de Pio IX ou Josemaria Escrivá de Balaguer. Muitos deles, para além dos honorários que renderam ao Vaticano, foram a moeda para subornar o beatério dos países aliciados para tentarem contaminar a Constituição Europeia com referência explícita ao cristianismo. A vontade do confronto com as outras religiões está na sua natureza. Tal como na fábula da rã e do lacrau, está na natureza do papa a necessidade de segregar veneno.

Os chefes de Estado e de Governo que aprovaram a Constituição Europeia resistiram à chantagem do último ditador europeu.

O Vaticano lamenta a ausência de “raízes cristãs” na Constituição europeia.

O catolicismo é um cristianismo que resistiu, por entre leiras de batatas e regos de couves, à modernidade. Continua a alimentar superstições rurais com capatazes de batinas negras, com ou sem tonsura, que, várias vezes por dia, anunciam as penas violentas que aguardam no Inferno os desgraçados que recalcitrem.