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O kitsch religioso da semana

Aparentemente alguém tem a ideia que este conjunto que vêem à vossa esquerda é uma boa companhia para uma reunião de amigos á volta de uns cocktails… Não imagino quem será suficientemente fanático para apanhar uma carraspana das antigas, tendo por companhia este João Paulo II sorridente.

Isto de copos e polacos, fez-me lembrar umas histórias… Alguém já ouviu falar dos prémios Darwin?

Bem… Há uns anos atrás, o agricultor polaco Krystof Azninski resolveu tomar uns copos com os amigos… o nível de álcool aumentou de tal modo no grupo, que a partir de certa altura, alguém sugeriu que se despissem, fossem para o meio da neve e jogassem “jogos de homens de barba rija”. E assim aconteceu… Primeiro, começaram por bater com nabos congelados nas cabeças uns dos outros, e nas próprias cabeças, para demonstrar o quanto conseguiam aguentar de dor, ao mesmo tempo que gritavam:

– Estão a ver!! Estão a ver!! Não há ninguém mais macho do que eu!!!

Sendo um “jogo de homens de barba rija” a coisa entrou logo em escalada… Um dos membros do grupo, no meio desta orgia de álcool e testosterona, ligou uma moto-serra e cortou os dedos de um pé, exclamando:

– Não há ninguém mais macho do que eu!!

Krystof Azninski não esteve com meias medidas, pegou na moto-serra, olhou nos olhos do seu amigo e disse:

– Então olha isto!!! Não há ninguém mais macho do que eu!! – E cortou, num só golpe o próprio pescoço.

Posteriormente, os amigos, já no meio da ressaca, afirmaram que, sim.. Krystof tinha morrido como um homem de barba rija, apesar de quando era pequeno gostar de vestir as roupas da irmã (?).

Imagino que se na Polónia os bares domésticos, tivessem uma instalação como a que vemos na imagem, não ouviríamos falar de cenas deste género… Claro que haverá sempre a eterna discussão que «a culpa era do materialismo comunista» que esteve na tão católica terra da Polónia, ou se o machismo será um valor espiritual (as famílias crentes do latino sul da Europa, assim parecem pensar…).

De resto… Qual é a semiótica da coisa? Muito simples. Para o público feminino, dá-lhe mais descanso. Afinal com todo o uso que das imagens, o catolicismo faz, imagino que as esposas fiquem a pensar que os seus maridos ficarão em boa companhia.

Quanto aos homens? A partir da segunda garrafa, pouco importa…

Quanto a mim.. Na presença de uma tal instalação, só me apetecia fazer uma coisa: apanhar uma valente bebedeira. Desopilava o fígado quando começasse a falar com o mural…