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Beata Alexandrina de Balazar, rogai por Portugal

Em 25 de Abril a Pátria fez-se representar pela ministra dos Negócios Estrangeiros, Teresa Gouveia, o embaixador de Portugal no Vaticano, Ribeiro de Menezes, e o chefe de gabinete da ministra, que se deslocaram ao Vaticano onde o papa certificou os milagres de que é acusada a falecida Alexandrina Costa, de Balasar. Com as autenticações milagreiras do dia, JP2 elevou para 477 o número de santos e 1377 o de beatos que lhe devem a distinção.

A Pátria ficou eufórica com a beatificação da venerável Alexandrina cuja intercessão foi decisiva na cura de uma portuguesa. Obrou um milagre magnífico, que não teme confronto com os que se fazem lá fora, realizado na área da neurologia, para benefício de uma emigrante residente em França.

A beata Alexandrina há muito que merecia a distinção. Dedicou-se à oração, com excelentes êxtases às sextas-feiras, defendeu a virgindade e passou os últimos treze anos e sete meses finais da vida em jejum total e anúria (apenas tomava a comunhão), facto igualmente confirmado por JP2. Deve-se-lhe o pedido ao papa para a consagração do mundo contra o comunismo, vontade satisfeita com resultados arrasadores.

Dos ataques violentos que a apoquentaram, devidos certamente a possessão demoníaca, foi convenientemente exorcizada várias vezes, até que o Maligno desistiu da peleja.

Foi, pois, com júbilo que a Pátria assistiu à elevação aos altares da primeira dos 32 candidatos nacionais que esperam os bons ofícios do cardeal D. José Saraiva Martins, ilustre filho dos Gagos, concelho da Guarda, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos.

À dívida para com a Senhora de Fátima que, após o naufrágio de um petroleiro, preservou as costas portuguesas da maré negra, facto muito apreciado pelo ministro da Defesa, soma-se a alta distinção com que João Paulo II quis agraciar a santinha de Balazar.

Agora espera-se a rápida canonização de Nuno Álvares Pereira que não carece da adjudicação de qualquer milagre pois, segundo D. José Policarpo, Urbano VIII fez uma excepção para quem há mais de 200 anos era prestado culto e reconhecida, pelo povo, a santidade.

O país, com 200 mil portugueses com fome, 500 mil sem trabalho e mais de um milhão de pobres, merece estas auspiciosas notícias. É a retoma que aí vem.