Diario de uns Ateus

  • Home
  • Contactar
  • AAP

Renzo Fratini – A saída do núncio apostólico de Estanha

1 de Julho de 2019  |  Escrito por Carlos Esperança  |  Publicado em Não categorizado  |  Comentar

Renzo Fratini

O embaixador do Vaticano em Espanha, Renzo Fratini, que amanhã cessa funções, por limite de idade, 75 anos, concedeu uma entrevista à agência espanhola Europa Press.

O primata paramentado enjeitou a discrição diplomática para se assumir como fascista, ao arrepio da neutralidade do Papa Francisco, na transladação do genocida Francisco Franco, usando os argumentos da extrema-direita, dos netos do ditador e dos herdeiros da Falange, em sintonia com o Supremo Tribunal espanhol.

‘Deixá-lo em paz era melhor, já passaram 40 anos, o julgamento cabe a Deus, não ajuda a viver melhor recordar algo que provocou uma guerra civil, por trás da exumação está uma ideologia política que pretende dividir os espanhóis’, foram expressões usadas na entrevista concedida pelo clérigo, em desafio à democracia e na grosseira ingerência na política de um Estado soberano que ainda julga protetorado do Vaticano.

O que o prelado não disse foi que o Vaticano apoiou o genocida sedicioso que fuzilou centenas de milhares de compatriotas, depois de derrubar o governo legal. Não teve uma palavra de solidariedade para com as famílias das vítimas assassinadas nem para os que aguardam a exumação dos seus familiares das numerosas valas comuns para onde foram atirados pelos franquistas.

Este clérigo, envilecido e envelhecido, ignorou os prisioneiros políticos tiranizados que escavaram a basílica onde jazem com o mais cruel torcionário de todos os tempos da Península Ibérica, este em lugar de destaque, de romagens e homenagens pias.

Representante de um Estado criado por Mussolini, o enviado da Providência, como lhe chamou o Papa Pio XI, sem que o Divino interferisse na sua viagem de regresso, fez jus à conivência fascista da Igreja católica que o Papa Francisco se esforça por esbater.

Segundo o El País, o ainda núncio, numa ameaça boçal, disse que é preciso “esquecer o mal” porque “se não, regressa a luta, a Guerra Civil”. “A Franco uns chamam-no ditador, outros dizem que libertou a Espanha de uma Guerra Civil, que solucionou um problema. Não continuemos discutindo sobre se tinha razão ou culpa”, concluiu.

Quando um falsificador da História e provocador fascista faz tais afirmações, ainda em representação do Vaticano, não faz do único Estado teocrático da Europa um farol da liberdade, mas um instrumento do obscurantismo ao serviço do regresso ao fascismo.

O Sr. Renzo Fratini não é diplomata, é guerrilheiro da jihad romana, um talibã católico, avatar dos bispos que colaboraram com Hitler e Mussolini no Holocausto.

O combate democrático passa obrigatoriamente pela exigência da laicidade e a denúncia da ingerência religiosa, seja qual for a religião, sejam quais forem os parasitas da fé ou o deus de que são funcionários.

 

Arquivo Histórico

Colaboradores

  • Abraão Loureiro
  • Associação Ateísta Portuguesa
  • Carlos Esperança
  • David Ferreira
  • Eduardo Costa Dias
  • Eduardo Patriota
  • Fernando Fernandes
  • João Vasco Gama
  • José Moreira
  • Ludwig Krippahl
  • Luís Grave Rodrigues
  • Onofre Varela
  • Palmira Silva
  • Raul Pereira
  • Ricardo Alves
  • Ricardo Pinho
  • Vítor Julião

Diário

Julho 2019
S T Q Q S S D
« Jun   Ago »
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
293031  

68
visitas,
hoje
Powered By Google Analytics

Commentadores:

Administração

  • Iniciar sessão
  • RSS dos artigos
  • Feed RSS dos comentários
  • WordPress.org


©2019 Diário de uns ateus
Concebido na plataforma WordPress sobre tema desenvolvido por Graph Paper Press.