Por
João Pedro Moura
Os problemas religiosos da taumaturgia, como eu já disse noutros artigos e comentários, assentam em duas objeções fundamentais, que a Igreja contorna habilidosamente, mas que lhe vai granjeando algum êxito, entre os crédulos e néscios:
É que não chega dizer que fulano ou beltrano impetrou a benesse curativa a um(a) morto(a) qualquer, supostamente integrante do jardim da celeste corte.
É absolutamente necessário demonstrar que tal ou tal outra figura, do aprisco eclesiástico, ao morrer, ingressou numa espécie de bloco operatório, de tal jardim celestial, ficando apta a operar prodígios taumatúrgicos, post mortem, em vez de prodígios cirúrgicos, ao vivo…
Dentro deste problema, ainda se fazem as seguintes objeções:
E o(a) santo(a )morto(a), depois de um ou dois milagres, fica , então, num estado ocioso, alheio às impetrações dos seus crédulos???!!!
Isto é, faz um ou dois milagres e depois fica parado toda a vida, digo toda a morte…
Que atitude tão desprezível, por parte desta divinofauna defunteira, essencialmente tida como bondosa e misericordiosa!…
Será que o que não é explicado pela ciência, é explicável pela Igreja católica?! E apenas por esta?! E as outras religiões e igrejas?!
Para quando milagres de alto impacto ambiental, como a regeneração de mãos e pés, braços e pernas… amputados???!!!…
…Capazes de convencerem os próprios ateus…
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