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Sobre a consagração da Rússia e da Ucrânia

Hoje teve lugar a Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Sagrado Coração de Maria, numa cerimónia que teve lugar em simultâneo no Vaticano e no Santuário de Fátima. O Papa pediu a todos os bispos que estivessem presentes.

O padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, explica do que trata esta iniciativa: “Um Ato de Consagração significa pedir a paz como dom de Deus, mas pedir também a Deus que toque o coração dos decisores políticos, para que encontrem caminhos justos para a solução dos problemas, que nunca podem ser a guerra. A guerra nunca é solução”.

Enquanto o papa presidia à consagração no Vaticano, o cardeal polaco Konrad Krajewski presidiu a cerimónia em Fátima. No seu discurso, o cardeal afirmou que a motivação desta iniciativa é “expulsar o demónio da guerra” e que os católicos têm “uma arma sofisticada: a oração, o jejum e a esmola” (…) “Convido-vos a usar esta arma e vereis que teremos um milagre”.

O Secretariado Geral da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) fez ainda um apelo: “Pede-se que todas as paróquias, comunidades, institutos de vida consagrada e outras instituições eclesiais assumam esta intenção de consagração nas celebrações desse dia”. E agora faço uma pergunta: Qual foi a personalidade pública e política que respondeu a este apelo? Provavelmente adivinharam: o senhor Presidente da República, considerando que o evento é um apelo à paz universal. O mesmo não foi sozinho, tendo o corpo diplomático também sido convidado.

Enquanto o Presidente estava num ato que só pode ser entendido como simbólico, porque na realidade é ineficaz se atendermos a uma relação de causa-efeito, os Chefes de Estado e de governo dos países-membros da NATO estiveram reunidos para discutir a invasão do governo russo à Ucrânia.