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Dia: 17 de Junho, 2020

17 de Junho, 2020 Carlos Esperança

José Luis Mendoza Pérez (JLM) – A fé e a superstição de mãos dadas

Quando pensamos que a Idade Média terminou há muito, que os espíritos retrógrados se encontram apenas na população inculta ou na demência mística dos talibãs, aparece um reitor de uma universidade católica, embrutecido pela fé e incontinente nas palavras.

JLM, empresário, pai de 14 filhos, presidente da Universidade Católica de Múrcia, com a ordem Civil de Afonso X, venera que premeia o contributo social no âmbito da docência, investigação, cultura e desporto, é um troglodita saído do Concílio de Trento, o primata néscio, em delírio, a debitar inanidades.

Mendoza garante que a COVID-19 é obra do anticristo, seja quem for tal ser, que povoa a fé do primata que encharcou os mediadores químicos dos neurónios numa pia de água benta.

Como Bill Gates previu há cinco anos que a maior ameaça para a humanidade não eram como pensara, as ogivas nucleares, mas os vírus e bactérias, o talibã católico atirou-se ao benemérito patrocinador de uma vacina como a Santa Inquisição a Giordano Bruno, com raiva de não o poder julgar, condenar e executar, como fizeram os inquisidores há 420 anos.

Bolçando anátemas, adicionou o nome de Bill Gates ao de George Soros, considerando-os «escravos de Satanás», outro inimigo de estimação de tão alarve criatura. Segundo ele, Soros e Gates querem controlar-nos a vontade com um ‘chip’, e Bill Gates deseja controlar toda a população mundial através da vacina contra a covid-19.

Com crentes destes as religiões não precisam de adversários. Não é a ciência que recua, é a fé que definha.

https://www.publico.es/sociedad/bulos-covid-19-presidente-ucam-asegura-covid-19-obra-anticristo-bill-gates-soros-son-esclavos-satanas.html
17 de Junho, 2020 Carlos Esperança

As professoras do ensino primário e o matrimónio

Quem não leu os santos Doutores da Igreja, nomeadamente Santo Agostinho, ignora os apetites femininos que subvertem a moral e os bons costumes. O Antigo Testamento dá sábios conselhos para que o homem perceba o atrevimento da mulher.

O Estado Novo poupou-nos, das cidades às humildes aldeias, aos excessos de que eram capazes as professoras, impelidas por vaidade e pelas hormonas. Acabariam a vestir-se com afoiteza e luxúria, sem a modéstia e discrição que deviam, tentadas a usar calças, como homens, ignorando que cada sexo tem vestuário próprio, exceto o clero, que pode, e deve vestir-se com trajes femininos, com as bonitas rendas e sedas que lhe destacam a dignidade do múnus ao serviço do Divino.

Salazar impediu-as do aderirem à moda diabólica da minissaia com que as mais ousadas teriam perdido a alma e ofendido os bons costumes. Nesse tempo havia respeito e a lei zelava para que quem tinha o dever de educar não cedesse às tentações mundanas e fosse objeto de escândalo.

Quantas jovens professoras se teriam perdido em casamentos por amor sem cuidarem da situação material, casando por amor, sem assegurarem os bens materiais e morais com que criariam os filhos que Deus lhes mandasse e os maridos quisessem!

Paulo de Tarso tinha razão em considerar obscenos o cabelo e a voz das mulheres. Era mais sensato rezarem, esquecendo as tentações da carne, enquanto esperavam a decisão ministerial para casar canonicamente do que amarem quem não provasse ter idoneidade moral e rendimentos para as desposar.

Valia a ordem e o respeitinho para não terem a veleidade de deslocar-se a Badajoz para comprar caramelos sem autorização ministerial e do marido. Algumas haviam de querer ser juízas, diplomatas, militares ou polícias, como se a natureza as dotasse de qualidades para tais misteres, mas era bonito ser professora do ensino primário, com marido rico e temente a Deus.

Com autorização de Sua Excelência o Sr. Ministro da Educação Nacional e a bênção eclesiástica.

A Bem da Nação.