Loading

Dia: 19 de Setembro, 2019

19 de Setembro, 2019 Carlos Esperança

Deus & o Diabo, SARL

Há para aí quem acredite no Deus que ditou a um pastor de camelos, analfabeto e tribal, um livro tão detalhado, onde, da gastronomia ao sexo, da discriminação das mulheres à interdição do álcool, do número de orações diárias às relações sexuais, determinou tudo para se cumprir a sua vontade.

Há 5 anos, na Austrália, a polícia frustrou um plano para decapitar pessoas, ao acaso, apenas para infundir o terror de que o misericordioso Profeta gosta.

Esse Deus, tão rude e violento como o destinatário, afiançou-lhe que a sua tribo era a predileta, que as outras eram infiéis e deviam ser assassinadas pela seguinte ordem: primeiro judeus, depois, cristãos e, finalmente, todos os que não prestassem vassalagem ao profeta.

Antes desse esquizofrénico plagiador já o Deus do cristianismo tinha visitado a região, feito milagres, pregações e ressuscitado mortos para que todos fizessem o que queria o Deus mais velho, a quem chamava pai, enquanto um pobre carpinteiro era substituído na paternidade, por uma pomba, e um anjo fez de alcoviteiro.

Também este plagiara um tal Jeová, o primeiro a ditar um livro, como se Deus fosse dado à literatura, que jurou amor a doze tribos de Israel e fez uma escritura de doação de terras que ainda dizima fiéis dos diversos avatares do deus abraâmico.

Para as religiões monoteístas é difícil explicar com o mito bom, generoso, omnipotente, omnisciente e omnipresente, as guerras, as tragédias e crueldades que ensanguentam o mundo. E a obsessão demente para a degola dos desmiolados muçulmanos não ajuda.

Assim, os crentes começaram a desconfiar de Deus e passaram a acreditar no Diabo.