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Dia: 19 de Julho, 2014

19 de Julho, 2014 Carlos Esperança

A Jihad católica em Espanha

La Iglesia pide un “nuevo alzamiento militar” para salvar España

Delante de los descendientes de Franco, la Iglesia pide un “nuevo alzamiento militar” para salvar España.
La Conferencia Episcopal lo ha vuelto a permitir. Este viernes, con motivo de la conmemoración del 18 de julio -fecha en la que se produjo el Golpe de Estado contra la Segunda República-, la madrileña Iglesia de los Jerónimos ha homenajeado a Francisco Franco y a todos aquellos “valientes” que propiciaron la “salvación de España”.
19 de Julho, 2014 Carlos Esperança

A discussão do batismo na TVI

O objetivo da entrevista a um padre católico e a um ateu, destinava-se a esclarecer, por um lado, a diminuição drástica do número de batizados e, por outro, a legitimidade do batismo de recém-nascidos ou de crianças de tenra idade.

Os temas foram arredados do debate ou insuficientemente comentados por qualquer dos intervenientes. Nem sequer foi explicado o que é o batismo, um ritual de iniciação em várias religiões. Com o batismo – dizem os católicos –, liberta-se a criança do pecado original, naturalmente transmitido pela impureza feminina, e afasta do neófito o demo.

Assim, a cerimónia litúrgica atua como detergente para os pecados e como demonífugo para o maligno cuja existência ainda é reconhecida pelo papa atual, como se comprovou com o reconhecimento que fez recentemente da Associação Internacional de Exorcistas.

O batismo do adulto, além de perdoar o pecado original, confere as virtudes teologais e isenta de penas os pecados anteriormente cometidos. No fundo, a cerimónia do batismo, católico, luterano, anglicano, metodista ou da Igreja Reformada tem igual significação e procura, desde tenra idade, a integração no seio da Igreja respetiva.

Como ateu entendo que o batismo do lactente, da criança ou do adolescente não se deve praticar por dificultar a autodeterminação religiosa do adulto, mas defendo que cabe aos pais o direito de cujo exercício discordo. Judeus e muçulmanos têm um ritual iniciático mais tardio e cruento, a circuncisão, e todos pensam que a entrada na Religião é vitalícia e irrevogável, levando os islamitas o proselitismo ao ponto de a tornarem efetiva com a separação da cabeça do tronco, no caso de apostasia, um direito inalienável de todos os cidadãos.

Quanto à diminuição drástica do número de batismos em Portugal, considero três razões que enumero por ordem decrescente de importância quantitativa. Em primeiro lugar, a rápida redução da natalidade cujas razões são complexas e irrelevantes para este tema.

Em segundo, a progressiva secularização da sociedade com redução marcada da prática religiosa e dos constrangimentos sociais favorecidos pela concentração da população em meios urbanos.

E, finalmente, o empobrecimento acelerado das pessoas. A falta de recursos financeiros, praticamente desnecessários para o batismo, são essenciais para o batizado. O padre não recusa o batismo à criança de um pobre, mas este deixa de o festejar com a festa que lhe está associada, sem vitualhas necessárias, para que à liturgia pia se associe a festa pagã que, em conjunto, constituem o batizado.

Foi esta reflexão que faltou fazer e cuja opinião do padre católico teria sido interessante.

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