Cada vez noto mais semelhanças entre Portugal e o Vaticano. O IOR e o BPN são dois bancos cujo rigor e honestidade causam calafrios nos meios financeiros internacionais e amplas vergonhas nos Estados em que operam.
O BPN levou à demissão de Oliveira e Costa. O IOR levou à demissão do mordomo do Papa e, por fim, do próprio B16.
Em ambos os casos são consideradas positivas as demissões o que significa que eram perniciosas as funções. Oliveira e Costa ganhou uma pulseira, B16 perde o direito ao anel.
A diferença relevante reside em quem paga as fraudes. Em Portugal são os contribuintes e no Vaticano são os crentes espalhados pelo mundo, através das ordens religiosas e dos centros onde se recolhem os óbolos e se distribuem bênçãos.
O Céu está cada vez mais caro.
Felizes os Papas que, depois do que se passou no banco do Vaticano (IOR), podem dormir sem pulseira.
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