Loading

Dia: 2 de Janeiro, 2011

2 de Janeiro, 2011 Fernandes

Com a língua e não com a mão

Da paróquia onde vivo chegou-me o prospecto que passo a reproduzir na íntegra:

PROMESSAS DE NOSSO SENHOR A QUEM NÃO RECEBER A SAGRADA COMUNHÃO NA MÃO

Introdução

Nosso Senhor manifestou-Se a uma alma privilegiada, concentrada em oração profunda, fazendo as seguintes promessas àqueles que não recebam o Seu Corpo Sagrado na mão.

Por enquanto, decidiu-se não revelar a identidade desta pessoa, uma vez que estes factos são muito recentes.

NOTA PRELIMINAR

Estas revelações, por serem tão recentes, não se encontram ainda aprovadas de forma oficial pela Hierarquia.

Por este motivo, não se exige fé nas mesmas revelações. Dá-se, apenas, conhecimento de uma realidade e, em tudo nos submetemos ao juízo e directivas da Igreja, Nossa Santa Mãe, em conformidade com o decreto do Papa Urbano VII.

Torna-se necessário deixar bem claro que estas promessas não são válidas para aqueles que comungarem em pecado mortal.

Também comungará de forma delituosa quem, de forma consciente, mastigar a Hóstia ou a triturar com os dentes.

PROMESSAS DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

  1. Àqueles que se abstiverem de receber com as mão o Meu próprio Corpo, Sangue, Alma e Divindade, Eu prometo enchê-los das maiores bênçãos nas suas mãos, alma e em todo o seu ser;
  2. Prometo-lhes muitas mais graças na sua passagem pela Terra, com maiores garantias de salvação e aumento de Glória essencial e acidental por toda a sua vida eterna, coMigo, nas moradas celestiais.
  3. Sentir-Me-ão na Comunhão, de tal forma e com tanta plenitude, que ficarão sem a vontade natural de Me tocarem;
  4. Àqueles que assim fizerem, com persistência, receberão grandes graças Minhas, assim como grandes benefícios para a sua casa;
  5. Também prometo, àqueles que fizerem correctamente aquilo que eu desejo, poderes especiais nas suas mãos contra os inimigos da alma e, a muitos, darei carisma de cura;
  6. Prometo que, se assim procederem de forma perseverante, chegarão, de todas as formas, com mais intensidade, na busca apenas de maior Honra e Glória Minhas, e Eu as exaltarei de forma especial por toda a eternidade;
  7. Concederei igualmente, a todos que, por amor, cumprirem os Meus desígnios, abstendo-se de Me receber nas mãos, por maior adoração, humildade e santo respeito, o dom do discernimento do espírito com maior intensidade;
  8. Os seus nomes estarão escritos de forma especial no meu coração se, para Me darem maior gosto, comungarem correctamente na língua e não na mão;
  9. Também prometo que os aumentarei em todas as virtudes, como recompensa a essa maior humildade que admite nunca ter as suas próprias mãos suficientemente puras para Me tocarem;
  10. Prometo ainda que facilmente propagarão a minha doutrina e que vencerão com maior facilidade todas as tentações;
  11. Não conseguirão afastar de Mim as almas daqueles que Me receberem na língua e não nas mãos, se o fizerem com a reverência devida e viverem assim todos os dias da sua vida;
  12. Prometo igualmente que, aqueles que, por delicadeza para com a minha vontade, Me consolem recebendo-Me devidamente na língua e não nas mãos, não terão as portas fechadas para o meu amor;
  13. Se assim perseverarem, para mais Me agradarem, comungando na língua, prometo que chegarão a trabalhar, só pelo Meu coração, com o Meu coração, no Meu coração e para o Meu coração;
  14. Prometo ainda, àqueles que deste modo Me honrarem, que serão ouvidos de forma muito especial e com grande complacência;
  15. Se, neste pedido – comungar sempre na língua e nunca nas mãos – tão importante para Mim, Me fizerem a vontade, por Meu Amor, procurarão seguir sempre os Meus divinos pedidos e Eu os alegrarei de forma especial, como prova da minha complacência;
  16. Estes que assim actuarem farão sempre um grande bem às almas; pelo contrário, aqueles que insistirem no desejo de Me tomarem nas suas mãos, encontrarão a Minha Vontade endurecida em muitas coisas, e sentirão dificuldade em conhecer o Meu gosto, a Minha pregação, o Meu Magistério. Mas, aqueles que não tocarem com as mãos na Sagrada Forma, preparando-se, de forma especial, em todo o seu ser, para na hora de Me tomar em Comunhão, Me pedirem que seja apenas Eu, e eles nada, prometo a graça de, em pouco tempo, alcançarem uma altíssima perfeição cristã, que procurarão o Meu Rosto com maior amor, de se esquecerem mais facilmente de si mesmos, de terem sempre o Meu Coração consolado por este gesto, e de receberem maiores luzes celestiais e terão uma maior alegria eterna vinda do Meu Coração.

PROMESSAS A QUEM DIFUNDIR ESTAS MENSAGENS

  1. Àqueles que divulgarem estas promessas, prometo o dom do conhecimento dos corações;
  2. Alcançarão uma Glória excelsa no Céu;
  3. Terão uma vida espiritual, ainda que nem sempre material, tão intensa em tão poucos anos, como se tivessem vivido muitíssimos anos de santidade.
  4. Encherei de grandes bênçãos os seus familiares;
  5. Prometo ainda que quanto mais fizerem conhecer estas promessas, mais Me derramarei sobre eles;
  6. Farei com que Me sintam de modo intenso, numa plenitude crescente;
  7. Não permitirei que empreendam desígnios que não sejam do meu agrado;
  8. Porei no Meu caminho uma Luz tão forte de modo a que, com a minha superabundante assistência, evitem o mal e façam não só o bom como principalmente aquilo que mais Me agrada;
  9. Dar-lhes-ei ainda mais graças, incontáveis, se as divulgarem com fervor. Será considerada uma grande omissão não dar a conhecer as Minhas promessas.

Declaração: Nas A.A.S.de 29 de Dezembro de 1966, foi publicado o Decreto da Congregação para a Fé, pelo qual é permitido difundir, sem “imprimatur”, escritos relativos a aparições e revelações, assim como a sua tradução noutros idiomas.

– Com a devida autorização.

2 de Janeiro, 2011 Carlos Esperança

A intolerância religiosa e o sectarismo pio

A superstição seria irrelevante se não tivesse consequências. As crenças não passariam de convicções pessoais se os devotos não vivessem a desvairada tentação de converter os outros, de obrigar os agnósticos, ateus e cépticos e partilhar tolices individuais como dogmas universais.

As fogueiras ateadas pelos índios, para que a chuva caia, não diferem das procissões que os bispos e padres católicos organizam para o mesmo fim através das novenas.

Pedir a Santa Bárbara para amainar as trovoadas é incomparavelmente menos prudente do que instalar um pára-raios. A penicilina fez mais milagres do que as orações rezadas desde os primórdios da organização da superstição em negócios da fé. Morre mais gente nas peregrinações às grandes superfícies religiosas do que benefícios se colhem com as deslocações e oferendas.

Ninguém é prejudicado pelo facto de haver quem acredite que Cristo era filho de uma virgem ou que se dedicava à pregação e aos milagres numa altura em que as saídas profissionais eram escassas e a sobrevivência difícil. O que ninguém tem o direito é de impor que alguma pessoa se ajoelhe ou reze para agradecer uma prestação de serviços – a salvação da alma –, que ninguém lhe encomendou.

A liberdade é incompatível com as doutrinas totalitárias, políticas ou religiosas, e não há um só crente que não julgue ser a sua crença a única verdadeira. É neste clima inflexível que os crédulos de determinada fé se julgam no direito de converter os clientes de outra religião que dispute o mercado ou de perseguir quem recuse o paraíso.

A ICAR só reconheceu o direito à liberdade religiosa durante o concílio Vaticano II que B16 olha frequentemente com a mesma repugnância com que Maomé fita o toucinho.

Hoje, que a demência religiosa atingiu o auge com os talibãs, uma espécie de Opus Dei islâmica, em armas, exige-se aos Estados que defendam a laicidade para evitar que os avençados do divino impeçam os crentes da concorrência do legítimo direito à sua fé.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem tem de substituir-se às tolices com que o Antigo Testamento, a Tora e o Corão intoxicam crianças nos templos e madraças onde o clero mata a inocência predicando a xenofobia, a crueldade, a violência, o sectarismo e o espírito de vingança.