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Dia: 11 de Março, 2009

11 de Março, 2009 Carlos Esperança

À TELEPAC

Dois dias sem Internet. Foi o regresso ao candeeiro a petróleo com os correios em greve. Não se pode dizer que não sobrevivi, a prova é este regresso, mas foi duro.

Não pude comunicar com amigos, editar prosa ou defender ideias. E o gosto pela escrita sumiu-se na arreliadora espera e na incompetência do servidor para resolver o problema.

Até descobri, com chamadas telefónicas pagas à minha custa, que há uma empresa fora da Telepac que resolve avarias… pagando, claro, 11 euros.

A tudo me sujeitava mas a avaria era na central, a empresa não podia resolver a avaria, eu era a única vítima e a demora podia durar três dias. Mas eu dependo da Internet, argumentei, e os funcionários, para ganharem tempo perguntavam-me o username e eu, descoroçoado, sei lá o que isso é ou onde pára, exasperava e repetia-lhes o número de contribuinte, obrigavam-me a repetir o número de telefone que antes uma gravação me tinha intimado a introduzir, antes de ouvir qualquer voz humana, enfim, um processo kafkiano que de tempos a tempos se repete e que, por incúria e medo não me atrevo a mandar a Telepac para onde o deputado do PSD, da escola do Prof. Charrua, mandou o deputado do PS.

Só falta dizer que a avaria não era na central. Era em casa. Bastou a chegada de um técnico para desligar uma ficha e voltar a ligar.

Assim pudesse desligar as superstições das pessoas. Sem voltar a ligá-las.