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Dia: 3 de Janeiro, 2009

3 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

A demência da fé

A demência da fé não é apanágio de uma única religião, é o paradigma comum a todas. Se, na Europa, os clérigos actuam civilizadamente, não se deve à sua religião mas à repressão política que a religião sofreu para que todos pudessem pensar da forma que lhes aprouvesse.

Basta que a laicidade afrouxe e os funcionários de deus andem à solta, para que aumente o proselitismo e diminua a liberdade religiosa. A fé, sem verificação dos factos, devia envergonhar as pessoas que dela se reclamam mas, pelo contrário, é motivo de orgulho e detonador de ódio e guerras.

Na Europa, a Jugoslávia desintegrou-se a tiro com orações idênticas a deuses parecidos. Como foi possível um livro da Idade da Bronze, com cópias e versões modificadas, dar origem a genocídios e ódios tribais? O certo é que as pessoas que não toleram opiniões diferentes sobre normas de higiene e não consentem que as escolas difundam mentiras científicas, aceitam a indústria dos milagres e outras mentiras religiosas.
Se não fosse o veneno que destilam a Tora e o Corão a guerra entre Israel e a Palestina não existiria. No meio da carnificina e do horror há sempre alguém que grita que deus é grande, enquanto de um lado se acredita na vinda de um profeta e, do outro, se tem por adquirido que o tal profeta já veio na pessoa de um condutor de camelos analfabeto.

Por isso, enquanto morrem crianças e outros inocentes, obrigados a abraçar a fé que lhes impuseram, há judeus com trancinhas e muçulmanos condenados a cinco orações diárias que lutam, pela mesma terra, acreditando em antigas certidões notariais apócrifas. Jeová e Alá envenenam os que se julgam herdeiros de cada um deles.

3 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

O bispo e o planeamento familiar

O bispo católico do Porto criticou as campanhas de redução da natalidade para evitar o aumento da pobreza que a explosão demográfica provoca.

O bispo tem direito à sua opinião embora mereça reservas a forma como a ICAR a pretende impor aos não católicos.

É surpreendente a fúria contra a limitação de nascimentos por parte de uma corporação que preconiza a mais demolidora forma de extinção do género humano – a castidade – e que impede os seus membros de se dedicarem à tão louvada prossecução da espécie.

Quantos filhos ficam por fazer enquanto os reprodutores assistem à missa?! E quantos ficam por nascer com a greve dos ventres das freiras que professam e das castas esposas que trocam o prazer pela oração?
A coerência não é o forte da ICAR. O bispo que abdicou da reprodução é o mesmo que apela a que outros o façam. Mas, sem malícia!!!