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Dia: 21 de Outubro, 2008

21 de Outubro, 2008 Carlos Esperança

Espanha – Os esqueletos levantam-se das valas

Direita insiste em esconder a verdade

Mal o juiz Baltasar Garzón se declarou competente para julgar os crimes franquistas de 1936/75, logo os procuradores apresentaram «recurso contra a decisão de investigar crimes do passado» – como informa hoje o DN –, sabendo-se que difícil é investigar os crimes do futuro, embora a «guerra preventiva», inventada por Bush, seja um contributo para a punição de crimes por cometer.

Há jurisprudência bastante para que os crimes contra a humanidade não prescrevam e bastaria o facto de continuarem mortos os criminosos para que a direita espanhola e a Conferência Episcopal não manifestassem tão violenta oposição aos crimes que dizem prescritos. Podiam salvar a imagem, se a sua natureza fosse diferente e tivessem limpa a consciência.

Entre desaparecidos e assassinados chegou quase ao milhão as vítimas do franquismo. As primeiras valas abertas por ordem de Baltasar Garzón trazem à superfície as provas de uma metódica, sinistra e vingativa campanha de ódio executada ao longo dos anos.

Curiosamente, a direita e o episcopado conviveram bem com a orgia de mártires que a luta política fez canonizar, com a memória – infelizmente verdadeira – das suas vítimas, mas não suporta que se repare a memória das vítimas do lado vencido.

Na ânsia de canonizar os apoiantes de Franco, uma espécie de legitimação póstuma do franquismo, até um padre torturador entrou no rol dos que ascenderam aos altares, tão difícil foi a tarefa de averiguar o currículo de tanto bem-aventurado e tamanha era a pressa.

Este maniqueísmo faz parte da natureza dos que ontem abençoaram a violência e hoje querem sepultar a memória. O mundo tem o direito de saber que, bem comungado e benzido, um feroz ditador exterminou centenas de milhar de compatriotas com a cumplicidade da Igreja. Foi «Francisco Franco, Caudillo de España por la Gracia de Dios».

21 de Outubro, 2008 Carlos Esperança

Factos & documentos

http://www.adventistas.com/agosto2005/iasd_nazista.htm

FINALMENTE!
Igreja Adventista Pede Perdão Por Apoiar o Nazismo (Texto já traduzido abaixo)
Artigos já publicados sobre o tema:
Apoio a Hitler: A Igreja Adventista em Péssima Companhia!
Os Adventistas na Alemanha Nazista (Tradução)
Adventists in Nazi Germany – Liberty Magazin

Documentos Comprovam Apoio da IASD a Hitler Durante a 2ª Guerra Mundial
O Que Aconteceu com os Adventistas que Disseram NÃO a Hitler – 1
O Que Aconteceu com os Adventistas que Disseram NÃO a Hitler – 2
O Que Aconteceu com os Adventistas que Disseram NÃO a Hitler – 3
IASD: 100% a Favor de Hitler!

Igrejas Adventistas da Alemanha e Áustria Pedem Desculpas às Vítimas do Nazismo
 
Frauke Brauns  
Bielefeld, Alemanha (ENI). Líderes de Igrejas Adventistas do Sétimo dia na Alemanha e Áustria, 60 anos depois do final da Segunda Guerra Mundial declararam que eles “lamentam” em profundo pesar pela  participação ou apoio a atividades Nazistas.  
“A declaração originalmente publicada antes de 8 de maio foi traduzida agora para o inglês e foi enviada às igrejas adventistas nos Estados Unidos”, segundo Holger Teubert, porta-voz da igreja no sul da Alemanha, através de Notícias Ecumênicas Internacionais.  
As igrejas adventistas no EUA enviaram cópias da declaração a Yad Vashem, a Autoridade de Recordação dos Heróis e Mártires do Holocausto em Israel.  
Teubert afirmou que a declaração se desculpa a judeus alemães e a membros das igrejas  adventistas de origem judaica que foram excluídos das congregações durante os 12 anos do regime Nazista, de 1933 a 1945. Comenta que seis milhões de judeus foram exterminados durante aquele período e milhões de outros também foram perseguidos.  
A declaração indica que a igreja adventista de hoje “confessa isso honestamente que, por nossa falha, ficamos culpados perante o povo judeu, para com todas as pessoas perseguidas e todos que sofreram durante a guerra e também perante os Adventistas em outros países. Para isto nós humildemente perguntamos a Deus e aos sobreviventes se podem nos perdoar.”
Teubert afirmou: “Nós compreendemos não ter nenhum direito de condenar nossos antepassados”. Mas a declaração marca o fim de um processo longo dos Adventistas alemães que examina o que aconteceu durante a era do regime Nazista.  
“Nós não seguimos suficientemente nossas fileiras que corajosamente ofereceram resistência e não se curvaram ao ditatorialismo Nazista, nem cooperaram com ele”, afirma a declaração. Tinha havido umas tentativas anteriores em fazer tais afirmações, principalmente por membros individuais da igreja e confissões anteriores feitas em 1988 no 50º aniversário de 9 novembro, “Kristallnacht” ou a “noite de vidro quebrado”, de um massacre imoral organizado contra os judeus naquela noite em 1938 por toda a Alemanha e Áustria.
http://www.eni.ch/articles/display.shtml?05-0645