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Dia: 30 de Julho, 2008

30 de Julho, 2008 Carlos Esperança

Correio dos leitores

Desabafo de um ateu perante esta notícia:

Cada vez mais me convenço de que não há nada como ser ateu. É que um gajo já nem no Jeová pode confiar. Ou ele está velho, ou senil, ou preguiçoso, sei lá…

A verdade é que o grupo católico se perdeu, provavelmente por ter confiado de mais em Deus e de menos na bússola. Os tais “meninos vestidos de idiotas chefiados por um idiota vestido de menino” acabaram por se perder pelas verduras de Oliveira do Hospital.

 Claro que eles podem, agora, reclamar que foram encontrados “graças a Deus”; mas onde estava Deus quando eles se perderam? Será que Jeová não perde a mania de remediar as coisas, em vez de as evitar? Ele “cura” cancros, mas, por que diabo não os evita? Será que é por causa da publicidade (se evitar, ninguém sabe que foi ele…)?

Mas o gajo precisa de publicidade, para quê? Terá medo que os religiosos optem por “outros deuses ante mim”? Ou será complexo de inferioridade?

José Moreira

30 de Julho, 2008 Carlos Esperança

Oferta Pública de Aquisição – OPA amigável

O Vaticano estuda com atenção o pedido do braço dissidente da Igreja anglicana de se unir à Igreja Católica, segundo um documento revelado nesta terça-feira, num momento de crise da comunhão anglicana. ( AFP )

Nota: A tendência é para os monopólios da fé.

30 de Julho, 2008 Carlos Esperança

Insufláveis da fé

Nota: Esta técnica é antiga mas destinava-se a fins menos pios.

30 de Julho, 2008 Carlos Esperança

A persistência da fé

 

As religiões são as únicas empresas isentas de limites à publicidade e sem um código deontológico. Podem agarrar em lactentes e proceder a uma cerimónia que os torna propriedade da religião, perpetuando tradições a que os constrangimentos sociais impedem a libertação.

O silêncio dos crentes assemelha-se ao das vítimas de burla ou de violação que, por vergonha, calam a desgraça. O conto do vigário e a homilia são truques que os padecentes ocultam. E não vale a pena imaginar o que se passa no silêncio dos confessionários, uma arma ao serviço da ICAR e da manutenção do poder.

A liberdade é o pior inimigo da fé. A neutralidade do Estado em questões religiosas, uma obrigação dos países civilizados, leva ao progressivo afastamento dos templos e à emancipação dos dogmas. O fanatismo só persiste onde a repressão do Estado, da sociedade, ou de ambos, se manifesta com violência.

A Europa aproveitou a democracia para se afastar dos templos e se libertar das sotainas. O Inferno deixou de povoar os terrores nocturnos das crianças nascidas de pais civilizados e o medo dos castigos divinos não ultrapassa a eficácia dos artifícios para que os meninos comam a sopa.

Um extenso inquérito realizado em países islâmicos, onde o terror de deus oprime os homens, revelou que o que mais apreciavam os inquiridos no Ocidente era a liberdade religiosa. Imagine-se o grau de violência a que estão submetidos para fazerem jejum, rezarem as orações e mijarem para o lado contrário a Meca.