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Dia: 26 de Março, 2008

26 de Março, 2008 Mariana de Oliveira

Líbano proíbe filme de animação

O filme de animação «Persépolis», criticado pelo retrato que faz da Revolução islâmica, não vai ser exibido no Líbano, de acordo com um responsável do ministério do Interior.Uma fonte anónima do governo indicou que o filme desagradou ao chefe da Segurança geral, um elemento próximo do movimento xiita Hezbollah.

«É claro que o chefe dos serviços de segurança, o general Wafiq Jizzini, próximo do Hezbollah, não quer autorizar este tipo de filme, que, segundo ele, dá uma imagem do Irão pior do que a vigente ao tempo do Xá», disse.

«Persépolis», prémio do júri ex-aequo no Festival de Cannes 2007 e nomeado para os Óscares de 2008, baseia-se na banda desenhada homónima da franco-iraniana Marjane Satrapi.

O filme mostra a repressão sob o regime do Xá mas também a coacção social, as detenções e as execuções dos anos que se seguiram à Revolução islâmica liderada pelo ayatollah Khomeiny.

A natureza rebelde da heroína e os seus problemas com as autoridades obrigam-na a deixar o seu país.

O filme foi condenado pelo governo do presidented Mahmoud Ahmadinejad como «islamófobo» et «anti-iraniano», mas uma versão censurada da obra chegou a ser várias vezes exibida nas salas de cinema iranianas.

26 de Março, 2008 Ricardo Alves

71% dos franceses querem manter a lei de separação tal como está

Segundo uma sondagem recente, 71% dos franceses querem manter a lei de separação entre a República e as igrejas (de 1905), tal como está. E 77% dizem que «as autoridades religiosas não devem tomar posição publicamente sobre as questões de sociedade». O que prova que a laicidade não é um regime imposto por uma minoria a uma sociedade renitente. Antes pelo contrário.

26 de Março, 2008 Carlos Esperança

CITAÇÃO

PALAVRAS DE RENAN NO SEU LEITO DE MORTE:  «Guardem-me contra o clericalismo, que eu vou entrar no período em que a Igreja costuma apoderar-se, traiçoeiramente, do enfraquecido espírito dos moribundos para os desonrar, arrancando-lhes, pela violência, retratações falsas ou inconscientes.»  Palavras que perfilho também, acrescen­tando:

«Se ainda em vida, ou depois de morto, aparecerem palavras minhas que vão de en­contro às doutrinas que tenho defendido nos meus livros -ou são inventadas por agentes de Roma, ou ditas quando o espírito se haja eclipsado para entrar em demência.»

Agosto de 1955.  TOMÁS DA FONSECA

 Nota: Junto o meu apelo aos de Renan e Tomás da Fonseca – Carlos Esperança