Há dois meses fomos surpreendidos pela notícia da desarticulação de uma célula da Al-Qaeda, pela polícia italiana, que mantinha uma escola de técnicas terroristas, disfarçada de madrassa, numa mesquita da cidade de Pirugia.
O imã, um homem santo, certamente, foi preso. Agora, a notícia vem de Espanha, onde estes casos se vêm repetindo, alarmantemente. Sabendo-se que, em relação ao crime altamente organizado (tráfego de droga, redes de pedofilia e, recentemente, o terrorismo islâmico), a polícia apenas consegue uma eficácia de dez por cento, interrogo-me com preocupação sobre o que estará escondido em cada uma das milhares de mesquitas que livremente se instalaram na Europa, beneficiando do espírito de abertura e de tolerância que a odiada civilização ocidental prodigaliza a todos os cultos e a todas as confissões religiosas.
Será que estaremos a assistir à reedição de um novo Cavalo de Tróia?
Há meses vi, em plena Praça do Chile, uma muçulmana a passear-se vestida com o seu niqabe negro, indumentária feminina que apenas não oculta os olhos, e, por momentos, interroguei-me se, no carrinho de bebé, que puxava, não estariam escondidos explosivos, ao mesmo tempo que me surpreendia com a desfaçatez exibida por aquela mulher em, provocantemente, desafiar a lei que proíbe a utilização na via pública de uma qualquer máscara que não permita a identificação do rosto.
Tudo isto é preocupante!
a) Alexandre de Castro
Pela democracia se luta com as armas que estão mais à mão, explorando os pontos frágeis do inimigo, politicas, religiões, legislações e burocracias falham, não falha a vontade de Liberdade, a busca pacífica pelo diálogo e racionalidade, pela fraternidade da Humanidade, pelo contexto em questão se identifica um ponto fraco nos opressores, a superstição pois claro. Os opressores são supersticiosos, possuem crendices a mais e raciocínio a menos, possuindo uma crença como qualquer outra, acreditam que o contacto com roupa interior feminina, limpa ou suja, lhes tira o poder e força. Claro que pelo meio se situa a misoginia, a humilhação e violação de mulheres como arma de guerra e outras atrocidades contra minorias.
Assim surge uma campanha revolucionária pela Liberdade, a Panty Power Campaign, consistindo numa original e simples arma de combate, cuecas de mulher, por estrear, usadas, limpas ou sujas, endereçadas às Embaixadas de Myanmar. As cuecas podem ser enviadas, por exemplo, para a Embaixada na Tailândia, cuja morada é: Myanmar Embassy, 132 Sathorn Nua Road, Bangkok.
Links úteis:
Guardian: Activists send female underwear to Burmese embassies
Lanna Action for Burma: Panty Power Campaign
Folha Online: Mulheres enviam calcinhas a Embaixadas de Mianmar
Moradas das Embaixadas de Mianmar
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A violenta agressão de uma jovem equatoriana, no metro de Barcelona, perpetrada por um skinhead a quem a demência racista exacerbou a fúria, é um acto que não diz apenas respeito a Espanha, é um crime que põe em causa a civilização e desmente a tolerância de que a Europa se reclama.
Não basta denunciar a violência, é preciso ser firme no combate às motivações racistas e xenófobas que alimentam os nacionalismos e povoam as mentes de jovens normalmente pouco alfabetizados, primários e selvagens.
Aquela jovem que seguia tranquilamente numa carruagem de metro é o paradigma das minorias que a fúria selvagem dos biltres põe em permanente risco. O pontapé que lhe atingiu a face era o escape das frustrações e ódios acumulados por quem tinha apenas como motivo de orgulho a pertença à maioria que o energúmeno identifica como raça.
Se os que nos consideramos civilizados não formos capazes de defender a diferença que faz a riqueza das nossas sociedades não merecemos a paz que nos bateu à porta nem o bem-estar que desde 1945, apesar das queixas de novos-ricos, não parou de aumentar.
Os patifes que se comportam como o biltre do metro de Barcelona – e nós temos dessa escória entre nós -, não merecem circular no espaço público, precisam de ser polidos na enxovia.
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