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Dia: 15 de Setembro, 2007

15 de Setembro, 2007 Ricardo Silvestre

Filosofias à parte

Uma das características da evolução de organismos, é que são aqueles que estão mais adaptados que progridem. Normalmente os mais adaptados são aqueles que gastam o menos energia possível em acções desnecessárias.

Tem sido apresentado na secção de comentários que deus é uma tese filosófica e que se devem usar argumentos filosóficos para a entender ou refutar. Há mesmo quem apresente um grupo de disciplinas para tal: Antroplogia Teológica, Teologia, Teologia Filosófica e outras coisas que tal.

Imaginem o seguinte: que eu me apresentava perante aqueles que defendem este estilo de posição e dizia, «sabem, eu sei que vocês não acreditam em Zeus. Mas vocês tem de perceber que temos de discutir a filosofia de Zeus, há que ver a ontologia do argumento sobre Zeus. Temos de estudar as implicações metafísicas, a sua antropologia e epistemologia. Isto é verdadeiramente importante, porque não se pode falar de Zeus sem se perceber a teologia que o suporta.» Alguém entreva a sério neste debate?

A ver se me faço entender. Para se aceitar aqueles que dizem que interpretam o que deus quer, e que falam por ele, e que querem ter um papel nas nossas escolhas e naquilo que podemos viver, lamento mas as provas têm de ser mais do que filosofias e teologias. Eu não perco energia com quem me quer apresentar a filosofia de que a primeira mulher na terra foi feita de uma costela, assim como não vou perder energia com a filosofia sobre entidades invisiveis com poderes fabulosos e que existem num lugar qualquer que não consegue ser visto. Provas concretas é o que será necessário para me convencer.

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PS: Por favor, leiam com atenção (e entendam) os artigos antes de opinarem. Se for preciso, leiam duas vezes. Não é vergonha nenhuma. Alguns dos comentários têm sido ridículos, apenas porque não se leu com atenção o que a outra pessoa escreveu. São vários os exemplos, mas fico por um que me fez desesperar: quem falou em o ateísmo ser novo? A designação é clara o suficiente, não é que o ateísmo seja novo, mas que há um novo tipo de ateísmo.