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Dia: 18 de Agosto, 2007

18 de Agosto, 2007 Carlos Esperança

Fundamentalismo católico

O presidente do Pontifício Conselho “da Justiça e da Paz“, Cardeal Renato Raffaele Martino, acusou a organização de defesa dos direitos humanos, Amnistia Internacional (AI) de responder à violência com a violência, por apoiar o aborto, no caso de gravidez resultante de estupro.

Comentário: O fundamentalismo, palavra que começou por ser atribuída, no início do século XX, ao protestantismo evangélico, que pregava um Deus vingativo, apocalíptico e violento, é comum a todas as religiões monoteístas.

A condenação do aborto, em casos de violação, é uma atitude de uma violência inaudita, própria de quem nega a si próprio o direito à interrupção do celibato. A mulher não tem direito ao planeamento familiar nem à sexualidade. Nem, pelos vistos, a interromper a gravidez na sequência de uma violação.

A impiedade contra as mulheres é uma herança misógina que corrói a Igreja católica desde Santo Agostinho. Imagine-se como seria o direito penal sob a orientação do Vaticano.

18 de Agosto, 2007 Carlos Esperança

Milagre

Um padre foi resgatado com vida dos escombros de uma igreja em Pisco, depois do edifício ter ruído, na passada quarta-feira, com o forte sismo que abalou o Peru.
Comentário: Não se sabe se o milagre reside na sobrevivência do padre, na destruição da igreja ou em ambas.
18 de Agosto, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

O criacionismo pode matar?

Entre as deambulações dissertativas sobre causas e consequências em muito se despreza os efeitos secundários de ideias tóxicas, religiosamente se extrai da História da Humanidade o surgimento de variadas ideias tóxicas, a sua infecção rápida e consequente sofrimento e morte. Não é novidade que os ideais religiosos se propagam excessivamente rápido, e desprezam as ideias benéficas circundantes, o apanágio é revolver as mentes e intoxicá-las com o pensamento único, em fábulas, idiotices e bolorentas insinuações desconexas.

O criacionismo subsiste, estranhamente para uma espécie que supostamente seria racional, não apenas percentualmente, totalmente, defensores das idiotices divinas de serpentes que falam, seis mil anos de existência de tudo e mais alguma coisa, dinossauros amestrados que preenchiam o lar do Adão e da Eva, filhos dos mesmos que fornicaram arduamente para preencher um planeta, questões de incesto seriam secundárias para o bem maior de povoamento de um planeta, sejam os continentes estáticos, costas marítimas de África e América do Sul visualmente encaixam, o criacionismo identifica aqui um erro de visão, existência das mesmas espécies nas duas costas separadas pelo Atlântico facilmente respondida pelo Museu da Criação, parece que os dinossauros andavam de jangada.

Os criacionistas são como as avestruzes, cabeça bem enterrada na areia, apenas a desenterram para ver os Flinstones julgando tratar-se de um documentário. Muitos terão gargalhadas imparáveis ao percorrerem as argumentações criacionistas, melhor mesmo serão as fotografias do parque de diversões dos dementes religiosos, aprofundando as consequências que a infecção criacionista pode acarretar possivelmente as gargalhadas se transformam em apreensão, pessoas com fé, irracionalidade portanto, nada terão a pensar, as contas dos seis mil anos batem sempre certo, o resultado sempre existiu, se existir necessidade de somar um mais um e ter de dar seis mil não será problema, a fé trata das contas.

Entrando nos campos da microbiologia entende-se o perigo que representa o criacionismo, o sofrimento e morte que pode trazer caso consiga os seus intentos, a infecção total da Humanidade com a ideia da flatulência galáctica de deus que criou tudo. Um estudo feito pelo Instituto Gulbenkian de Ciência revelou uma incrível descoberta, uma adaptabilidade mil vezes superior ao que era suposto em microrganismos, estudo conduzido com a bactéria Escherichia Coli. Esta descoberta acarreta enormes preocupações nos campos da saúde pública, a mutação e adaptabilidade microbiológica pode conduzir a resistências a tratamentos e antibióticos, sendo as bactérias os seres de maior simplicidade são também os que mais rapidamente se adaptam pelo que o seu controlo é uma luta constante. Esta descoberta revela que a evolução das espécies poderá ser bem mais rápida que o anteriormente definido, o estudo microbiológico analisou mil gerações bacterianas, estudo idêntico com Humanos levaria cerca de vinte mil anos.

Este evolucionismo microbiológico é um tema fulcral na saúde pública, bactérias patogénicas rapidamente se adaptam e desenvolvem resistência em ambientes hostis, pressões selectivas como a presença de antibióticos ou respostas do sistema imunitário do hospedeiro. Abrindo as portas ao criacionismo nas escolas abrir-se-á as portas à incompreensão da evolução e aos problemas consequentes associados às ideias tóxicas do estatismo biológico, um apoio nestes ideais leva à abertura completa dos seres humanos aos organismos patogénicos sem compreensão da necessidade vital de evolução e revolução de antibióticos baseadas nas evoluções microbiológicas.

Vários exemplos existem sobre a vivência e sobrevivência de microrganismos em ambientes extremos, o ser unicelular Strain 121 consegue sobreviver e reproduzir-se a uma temperatura de 121ºC, também o Pyrococcus Furiosus sobrevive em temperaturas superiores a 100ºC, bactérias congeladas há 8 milhões de anos, idade do gelo mais antigo da Terra, conseguem voltar à vida se tiverem os nutrientes necessários e temperatura adequada, todos estes factos são de fulcral importância para a Humanidade, compreender tais complexidades biológicas assume-se como incontornável facto para a vivência e sobrevivência da Humanidade.

Links úteis:
Cientistas ressuscitam bactérias com oito milhões de anos
Bactérias adaptam-se mil vezes mais rapido
Pyrococcus furiosus
Strain 121
Escherichia coli
Hyperthermophile
Hot bug extends temperature limit for life

Também publicado em LiVerdades e Ateismos

18 de Agosto, 2007 jvasco

Observação

Acreditar na existência de sereias pode ser menos comum do que acreditar na ressurreição de Jesus, mas não é menos razoável.

Não existe qualquer indício a favor da ressurreição de Jesus mais forte que os indícios a favor da existência de sereias.