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Dia: 21 de Outubro, 2005

21 de Outubro, 2005 Carlos Esperança

Ecumenismo

O ecumenismo de que o Vaticano se reclama não é mais do que um golpe publicitário para a hegemonia que procura, a tentativa de reunir forças para liderar a cruzada contra o ateísmo e a laicidade.

Não há ideologia mais odiada do que o ateísmo nem postura que mais descontrole o clero que a indiferença perante os dogmas e as sotainas.

As três regiões do livro são idênticas na sua intolerância, no ódio à liberdade e ao livre pensamento, na obsessão prosélita e na presunção de que cada uma é a verdadeira.

As sociedades ocidentais, na sua luta pela liberdade e emancipação, limaram as garras eclesiásticas, contiveram a prepotência religiosa e empurraram o Papa para o Vaticano.

Os protestantes, após as guerras da reforma e contra-reforma, em que o ódio cristão explodiu em torrentes de sangue, foram-se reduzindo à liturgia e à oração e perderam o fervor que agora regressa impetuosamente através de seitas cada vez mais agressivas.

O islão, inculto e radical, misógino e beato, impõe cinco orações diárias, o poder do clero e uma legião de dementes submissos às crueldades do Corão – um livro execrável que apela em quase todas as páginas à destruição dos infiéis, da sua religião, cultura e civilização, assim como dos cristão e judeus, em nome de um Deus misericordioso.

Os islamistas não são piores do que os cristãos ou os judeus, apenas se mantêm na Idade Média, com maior medo dos parasitas que pregam nas mesquitas do que do Deus que está no Paraíso com 70 virgens e rios de mel à sua espera.

A tragédia da humanidade não está nos crentes, está na droga das religiões e nos charlatães que as promovem e impõem.

21 de Outubro, 2005 Palmira Silva

Europeu do Ano

A votação para Europeu do Ano pode ser feita através da Voz da Europa até ao próximo dia 11 de Novembro.

A votação inclui para além da escolha do Europeu do Ano a escolha de candidatos em muitas outras categorias e cada voto só é válido quando todas forem preenchidas. Sendo o tema das patentes de software um que me é caro segui boa parte das recomendações disponíveis no site Não às patentes de software!

Como a Oracle acredito «que a existência de leis de direito de autor e de protecção do segredo comercial, em oposição à lei de patentes, são mais adequadas à protecção do desenvolvimento de programas informáticos» assim como subscrevo integralmente a sua política de (não) publicação de patentes de software: «A lei de patentes dá aos inventores o direito exclusivo à nova tecnologia em troca da publicação da tecnologia. Isto não é o mais adequado para indústrias como as de desenvolvimento de software onde as inovações ocorrem de forma acelerada, podem ser realizadas sem grande investimento de capital, e tendem a ser combinações criativas de técnicas já conhecidas.».

Assim votei sem hesitações em Florian Müller da NoSoftwarePatents.com para Campaigner of the Year mas quando chegou à parte da escolha do Europeu do Ano hesitei uns segundos entre José Luis Rodriguez Zapatero (que já tinha escolhido para Estadista do Ano) e Florian Müller. Não obstante ser acerrimamente contra as patentes de software, o meu voto foi para Zapatero!

A coragem de Zapatero no confronto com a (até aí) toda poderosa delegação local da Igreja de Roma em defesa dos direitos humanos e da laicidade do estado merece, na minha opinião, a sua designação como Europeu do Ano!